Governador
Ivo Sartori apresentou pacote que será encaminhado à Assembleia Legislativa.
Governo
estima economia de R$ 146,9 milhões com a proposta.
Governador Ivo Sartori |
Do G1
RS
O
governador do Rio Grande do Sul, José Ivo Sartori, anunciou na tarde desta
segunda-feira (21) o pacote com o objetivo de conter a crise financeira no
estado, que será encaminhado para a Assembleia Legislativa. Entre as medidas,
estão a extinção de 11 órgãos ligados ao Executivo – nove fundações, uma
companhia e uma autarquia – e a redução no número de secretarias, que passa de
20 para 16, com quatro fusões. Assista ao vivo a entrevista coletiva com a
equipe do governo.
Segundo
o governo, serão demitidos entre 1,1 mil e 1,2 mil servidores – entre efetivos
e cargos de confiança. O governo diz que o estado deve fechar o ano com déficit
de R$ 2,359 bilhões. O déficit acumulado sem as medidas propostas pode chegar a
R$ 5,194 bilhões em 2017 e R$ 8,822 bilhões em 2018, conforme números
apresentados pelo Piratini.
O
governo espera que as medidas proporcionem aos cofres do estado uma economia de
R$ 146,9 milhões. Caso o pacote seja aprovado pela Assembleia Legislativa, será
instituído um grupo de trabalho para acompanhar a implementação das mudanças.
"Trago
a bem verdade medidas duras, mas que desenham um novo estado e novo futuro com
mais qualidade de vida apoiado no empreendedorismo na sustentabilidade e na
justiça social. Um estado mais moderno que sirva as pessoas e promova o
desenvolvimento", disse o governador durante a apresentação do tema.
"Lamento que uma parte da esquerda não tenha entendido isso. Não se faz
justiça social sem equilíbrio das contas, e quem diz o contrário está mentindo
para a população."
Fundações extintas:
Fundação
de Ciência e Tecnologia (Cientec).
Fundação
Cultural Piratini (FPC, que mantém a TVE).
Fundação
para o Desenvolvimento de Recursos Humanos (FDRH).
Fundação
de Economia e Estatística (FEE).
Fundação
Estadual de Pesquisa Agropecuária (Fepagro).
Fundação
Estadual de Produção e Pesquisa em Saúde (Fepps).
Fundação
Instituto Gaúcho de Tradição e Folclore (FIGTF).
Fundação
de Zoobotânica (FZB).
Fundação
Estadual de Planejamento Metropolitano e Regional (Metroplan).
Autarquia extinta:
Superintendência
de Portos e Hidrovias (SPH).
Companhia extinta:
Companhia
Rio-grandense de Artes Gráficas (Corag).
Secretarias cortadas:
Secretaria
Geral do Governo (SGG) - incorporada à Secretaria do Planejamento, Governança e
Gestão;
Secretaria
do Planejamento (Seplan) - incorporada à Secretaria do Planejamento, Governança
e Gestão;
Secretaria
da Justiça e dos Direitos Humanos (SJDH) - incorporada à Secretaria do
Desenvolvimento Social, Trabalho e Justiça;
Secretaria
do Trabalho e Desenvolvimento Social (STDS) - incorporada à Secretaria do
Desenvolvimento Social, Trabalho e Justiça;
Secretaria
de Turismo, Esporte e Lazer (Setel) - incorporada à Secretaria da Cultura,
Turismo e Esporte;
Secretaria
da Cultura (Sedac) - incorporada à Secretaria da Cultura, Turismo e Esporte;
Secretaria
de Modernização Administrativa e dos Recursos Humanos (Smarh) - incorporada à
Secretaria de Administração, Recursos Humanos e Patrimônio;
Secretaria
de Obras, Saneamento e Habitação (SOP) - incorporada à Secretaria de
Administração, Recursos Humanos e Patrimônio.
Serão
desligados os funcionários da Cientec, FCP, FDRH, FZB e Metroplan. No caso da
FEE, serão mantidos os 52 servidores que têm estabilidade. Os estatutários da
Fepagro serão vinculados à Secretaria da Agricultura. No caso da FIGTF, o
governo diz que o quadro ficará em extinção, vinculado à Secretaria da Cultura.
Em
relação à FEPPS, os trabalhadores cedidos retornarão às secretarias de origem e
os cargos de confiança serão extintos. O governo também vai extinguir 1.250
cargos abertos, e abrir 74 cargos na Saúde para manter os serviços prestados
pela fundação. O projeto prevê ainda que o Laboratório Farmacêutico do RS
(Lafergs) fique vinculado à Secretaria do Desenvolvimento Econômico, Ciência e
Tecnologia.
O
governo ainda extinguirá outros dois órgãos: a Companhia Rio-grandense de Artes
Gráficas (Corag) e a Superintendência de Portos e Hidrovias (SPH).
Respectivamente, a Companhia de Processamento de Dados do Rio Grande do Sul
(Procergs) e a Superintendência do Porto do Rio Grande absorverão as demandas.
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