Por JM Cunha Santos
Enquanto, em vários estados do país,
multidões desesperadas viviam o pior Natal de suas vidas, o senhor Michel Temer
tascava nos costados de desempregados, subempregados e funcionários famintos
licitação no valor de 1 milhão, 750 mil reais para que seus convivas
consumissem iguarias e acepipes no avião presidencial.
Enquanto, no janeiro de 2014, o Maranhão
calculava 60 presos mortos no Complexo Penitenciário de Pedrinhas, no ano
anterior, com direito ao sangrento festival de horror das cabeças cortadas,
Roseana Sarney abria pregão para a compra de 80 Kg de lagostas e 1,5 toneladas
de camarões especiais para abastecer a residência oficial e a casa de veraneio
do governo do Estado.
O escândalo nacional fez com que Roseana
Sarney cancelasse a compra de lagostas, assim como, agora, Michel Temer
cancelou a licitação da comilança interplanetária. Só que Roseana, de imediato,
tascou uma licitação no valor de R$ 1,4 milhão para se entupir de champanhes,
vinhos e uísques internacionais a serem consumidos em 1.000 copos e taças de
cristal, acompanhados de caviar russo, petiscos de carne de sol, bolinhas de
bacalhau norueguês, patinhas de caranguejo, cortes de filé mignon e saladas de
camarões, com a exigência de que os ocasionais convivas pisassem em tapetes
persas.
Somente o fim desse torneio de gulodices
intergalácticas com dinheiro público, com o advento do governo Flávio Dino,
rendeu ao Maranhão uma economia de mais de 300 milhões de reais. Devidamente
aplicados em saúde, educação e agricultura familiar.
Temer também come muito. E come bem,
pouco se lixando se os funcionários públicos do Rio de Janeiro vivem o
constrangimento de receber cestas básicas publicamente em pleno Natal. O
arsenal de comilanças geladas do presidente sem votos incluía 500 potinhos de
sorvetes Haagen Dazs, 50 cornetos, 50 picolés Tablito 50 Chicabon, 50 Eskibon,
50 Frutilis, 300 picolés sem lactose, 120 potes de nutella e 4 tipos diferentes
de geleia. Dava para gripar o exército nazista inteiro durante a segunda guerra
mundial.
E acrescente-se aí 2.100 cones de água
de coco, 500 capsulas de café ao custo de 18.300 reais, tortas de chocolate ao
custo de 96 mil reais, iogurte grego e sal do Himalaia, tão caro que nem é
salgado, num total de 170 itens alimentícios no intervalo e acompanhamento dos
almoços e jantares aeroespaciais.
Os pratos principais devem ser
“Funcionário Público ao Molho de Previdência” e “Desempregados Acebolados,
Grelhados ao Molho de Propina”, um alimento também muito consumido na ilha de
Curupu, do ex-senador José Sarney, segundo informações dos melhores chefs de
cuisines da delação premiada no Brasil.
Então, quem come mais? Michel Temer ou
Roseana Sarney? E quem come mais dinheiro público dos dois?
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