Com a benção de Sarney, os senadores João Alberto, Édison Lobão e Roberto Rocha se uniram para tentar derrubar Gastão Vieira do FNDE
Do Blog do Garrone
A união abençoada por Sarney dos
senadores Édison Lobão (PMDB) e João Alberto (PMDB) ao senador Roberto Rocha
(PSB) para derrubar Gastão Vieira da presidência do Fundo Nacional de
Desenvolvimento da Educação (FNDE) acabou atingindo todos os municípios
maranhenses com a decisão do governo Temer em indicar nesta quarta-feira um dos
auxiliares mais próximos do prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), Sílvio
Pinheiro, nomeado nesta quarta-feira para comandar a pasta.
Enquanto o grupo Sarney estava
incomodado com a gestão republicana de Vieira, que em apenas oito meses a
frente do órgão liberou R$ 90 milhões para 157 municípios maranhenses,
independente das alianças partidárias, Rocha mirava o FNDE como peça
fundamental para seduzir o apoio dos prefeitos ao seu projeto de derrotar o
governador Flávio Dino em 2018.
Sem nomes fortes para disputar o governo
do Maranhão, os sarneysistas toparam o acordo com o senador Roberto Rocha
também por representar um golpe contra o governador Flávio Dino, o principal
responsável pela eleição do peesedebista ao Senado em 2014.
Sarney armou para trair o seu aliado
Gastão Vieira e acabou sendo traído por Michel Temer
Diante da possibilidade em atingir o
governador com a traição de quem seria um aliado no Senado, Sarney resolveu
fingir-se de morto com a fritura anunciada desde o mês de novembro de Vieira,
por ele indicado em abril de 2016 para comandar o FNDE.
Sarney e sua turma no Congresso Nacional
chegaram mesmo a anunciar um acordo com o presidente Michel Temer para trocar
Gastão Vieira por um outro maranhense, por eles indicado, o que acabou não
acontecendo.
Mas o tiro saiu pela culatra. Gastão
Vieira só soube da demissão na terça-feira à noite, através de um telefonema,
minutos antes da nomeação de Sílvio Pinheiro ser encaminhada para o Diário
Oficial da União para publicação na edição desta quarta fazendo com que Sarney
e Roberto Rocha provassem o gostinho da traição logo nas primeiras horas da
manhã.
A estratégia foi para evitar que Sarney
não mobilizasse seus tentáculos no submundo da política em Brasília e melasse o
acordo com o DEM e o PSDB, partido que o novo titular da pasta é filiado.
O FNDE é considerado a joia da coroa do
governo federal, com um orçamento de R$ 67 bilhões no próximo ano para executar
as políticas educacionais do MEC, que inclui repasses de recursos a estados e
municípios, da política do Fies, entre outras transferências.
O grupo Sarney também estava incomodado
com o destaque que Gastão Vieira vinha conquistando pelo trabalho que
desenvolvia na pasta, onde de abril e dezembro diminuiu em 60 mil das 200 mil
prestações de contas em atraso, e implantou medidas de transparência, tais como
a publicação de dados sobre obras.
Nessa refrega, mesmo derrotado, Gastão Vieira sai maior do FNDE e reduz a meros bajuladores, sem nenhum valor para Michel Temer, os senadores Roberto Rocha, Lobão e João Alberto.
Muito razoável!
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