Em duas
assembleias realizadas nesta quinta-feira (12), na sede do Sindicato dos
Rodoviários, motoristas, cobradores e fiscais aprovaram, por unanimidade, o
estado de greve da categoria.
Os
trabalhadores não vão parar as atividades em São Luís nesta sexta, como estava
previsto inicialmente. Com o estado de greve, a categoria está concedendo um
prazo aos empresários, até a metade da próxima semana, como determina a lei, para
que as negociações entre as partes possam acontecer. Se nenhum acordo for firmado
durante esse período, a greve será deflagrada.
Durante as
discussões acaloradas, os rodoviários demonstram indignação com o desrespeito
ao acordo trabalhista firmado com os empresários. Existem empresas que não
efetuaram, até o momento, o pagamento do 13º salário aos seus empregados. A
categoria também reclama que os pontos finais não apresentam as mínimas
condições para o descanso dos trabalhadores, encontrando-se sem estrutura,
com ausência de banheiros, por exemplo.
Outro ponto da
pauta foi a situação dos 300 trabalhadores demitidos das empresas Gemalog e
Menino Jesus de Praga, que ficaram fora do sistema com a nova licitação. Pelo
acordo, eles seriam absorvidos pelos consórcios vencedores, mas isso não
ocorreu até o momento. Além disso, continuam sem receber as verbas rescisórias
e a multa de 40% do FGTS. Receberam apenas os valores que estavam depositados
na conta do FGTS.
O Sindicato deve mover uma ação na Justiça do Trabalho contra as duas empresas e a Prefeitura de São Luís, no sentido de garantir que sejam pagam as verbas rescisórias, bem como a recontratação pelas outras empresas, como ficou acordado.
O atraso no
pagamento de salários, não repasse do tíquete alimentação, pagamento dos
trabalhadores por meio de depósitos em contas bancárias, tempo de descanso dos
rodoviários entre uma viagem e outra, por exemplo, são outros itens da
Convenção Coletiva de Trabalho que não estão sendo cumpridos pelos empresários.
O presidente
do Sindicato dos Rodoviários, Isaías Castelo Branco, disse que todos os itens
da Convenção têm sido discutidos de maneira pacífica com os empresários, mas a
categoria cansou de esperar por uma definição.
“A paciência
da diretoria desta entidade, assim como a dos trabalhadores, esgotou-se. Se é
preciso tomar medidas extremas para ver nossos direitos serem respeitados,
então é por esse caminho que seguiremos. Entramos agora em estado de greve”,
disse Isaías.
O presidente
acrescentou que a categoria vai aguardar o chamamento dos empresários, visando um acordo.
Caso isso não aconteça, será deflagrado o movimento de paralisação.
“Iremos reter
os ônibus nas garagens e paralisar todo o sistema de transporte de São Luís”,
assegurou.
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