Isaías Castelo Branco: greve pode ser deflagrada na próxima semana por não cumprimento de acordo pelos empresários |
Em entrevista
ao programa ‘Comando da Manhã’, na Rádio Timbira, nesta quarta-feira (11), o
presidente do Sindicato dos Rodoviários, Isaías Castelo Branco, descartou a
possibilidade de os motoristas de ônibus de São Luís paralisar as atividades na
próxima sexta (13).
Segundo ele, o
que está definido é que, nesta quinta-feira (12), serão realizadas duas
assembleias da categoria na sede do sindicato, uma pela manhã e outra à tarde, para discutir a situação dos trabalhadores diante da recusa das empresas em cumprir acordos.
“Vamos
discutir a situação da categoria que continua sendo desrespeitada pelos
empresários. Temos 300 trabalhadores que foram demitidos das duas empresas que
deixaram de operar no sistema, por conta da licitação, que continuam
desempregados. O acordo firmado era para que dois consórcios contratassem esses
trabalhadores, mas, até agora, isso não foi cumprido", disse o presidente, acrescentando que tem também a questão das condições de trabalho, pois o horário de descanso não é respeitado, além das péssimas condições dos pontos finais.
Esses 300
trabalhadores tinham vínculo com as empresas Gemalog e Menino Jesus de Praga,
que deixaram de circular. Até o momento, além de não terem sido recontratados
por outras empresas, eles continuam sem receber os valores das rescisões de
contratos.
“O que os
trabalhadores que estão desempregados receberam foi somente o valor do FGTS que
estava depositado. Nem sabemos ainda se todos os depósitos foram efetuados
corretamente. Ainda vamos fazer o levantamento. Faltam as rescisões de
contratos de trabalho, bem como o pagamento da multa de 40% do valor do FGTS”,
acrescentou o presidente.
Ele disse,
ainda, que o sindicato vai ajuizar uma
ação trabalhista contra a Prefeitura de São Luís e as empresas Gemalog e Menino Jesus de Praga por não pagamento das
rescisões contratuais dos 300 rodoviários.
Nas duas
assembleias desta quinta-feira deve sair indicativo de paralisação somente para a
próxima semana. Segundo Isaías Castelo Branco, o sindicato tem que cumprir o
prazo previsto em lei para deflagração de greve.
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