Brunno Matos foi assassinado a facadas no dia 06 de outubro de 2014 |
O engenheiro civil Diego Polary, o
bacharel em hotelaria Carlos Marão e o vigilante João Gomes foram condenados na
madrugada desta sexta-feira (3), pela morte do advogado Brunno Matos e
tentativa de homicídio de Alexandre Matos e Kelvin Chiang.
O resultado saiu após mais de 17 horas
de julgamento por volta das 3h da manhã. 13 testemunhas foram ouvidas, três
réus escutados, além de uma longa arguição do Ministério Público e da
assistência de acusação, assim como da banca dos advogados de defesa.
Diego Polary foi condenado a oito anos
de prisão, por ser o responsável pelo assassinato do advogado Brunno Matos,
assim como a tentativa de assassinato de Alexandre Matos e Kelvin Chiang.
Carlos Marão foi condenado a seis anos
por participação no homicídio do advogado Brunno Matos e da tentativa de
assassinato de Alexandre Matos e Kelvin Chiang.
João Gomes a um ano de detenção por
lesão corporal e sua pena deve ser convertida em trabalho comunitário por ser
réu primário.
O
julgamento
A sessão ocorreu no auditório do Fórum
Desembargado Sarney Costa, no Calhau, em São Luís, e foi presidida pelo juiz
titular da 2ª Vara do Tribunal do Júri de São Luís, Gilberto de Moura Lima. O
julgamento contou com a presença massiva de pessoas ligadas ao Direito, de
conhecidos e amigos das famílias das vítimas e dos acusados e da imprensa.
As duas vítimas, Alexandre Matos e
Kelvin Chiang, afirmaram que os três acusados foram responsáveis pelos crimes.
O vigia João José Nascimento Gomes, 46 anos, primeiro acusado a ser ouvido,
sustentou a versão do segundo depoimento dado à polícia em que teria perdido a
faca que estava presa à sua cintura no momento em que se abaixou para pegar um
animal de estimação.
Após o médico legista Giuliano Peixoto
Campelo confirmar questões técnicas constantes da perícia do Instituto Médico
Legal (IML), somente no meio da tarde é que foram ouvidos os acusados João José
Nascimento Gomes, Carlos Humberto Marão Filho e Diego Henrique Marão Polary.
Apesar de a faca ter sido usada no crimes, o vigilante afirmou que não viu o
evento que culminou na morte do advogado Bruno Matos.
Em depoimento inicial à polícia, João
José confessou os crimes. Mas durante o julgamento disse que essa versão foi
orientada por um advogado e que foi coagido por Carlos Humberto Marão Filho a
confessar sozinho os crimes.
O segundo réu ouvido foi Carlos Humberto
Marão Filho. De acordo com ele, o vigia João José Nascimento Gomes foi o
responsável pelo homicídio de Brunno Matos e também pelas lesões nas demais
vítimas, porque o viu próximo a elas após sofrer agressão. Carlos Marão também
acrescentou que foi coagido por três delegados a apontar o sobrinho Diego
Polary como principal responsável pelo crime.
Diego Polary, 23 anos, o último dos réus
interrogado, negou qualquer envolvimento com os eventos da noite em que morreu
Brunno Matos. Sustentou a versão de que estava dormindo durante o fato.
Durante o julgamento, Polary disse que
foi vítima dos fatos e acredita que os policiais induziram seu tio a acusá-lo
para atender a vontade da mídia, por onde soube que era suspeito.
O advogado Brunno Matos, de 29 anos, foi
assassinado a facadas na madrugada do dia 6 de outubro de 2014, após a festa de
comemoração do senador eleito Roberto Rocha (PSB), realizada no comitê de
campanha do candidato no Olha d´Agua.
Totalmente indignado com essa sentença. Cada vez mais chego a conclusão que no Brasil o crime compensa.Vamos recorrer, não me dou por vencido, continuarei lutando para que o assassino seja devidamente punido. Estou enojado !!!
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