O pai do advogado Brunno Matos,
assassinado na manhã do dia 6 de outubro de 2014, no bairro Olho D´Agua, voltou
a conversar com o blog sobre o resultado do julgamento dos três acusados.
Rubem
Soares diz que a família recorreu à Justiça para que esse julgamento seja anulado.
Para ele, o resultado do júri popular foi uma afronta a uma família destruída.
Os três acusados foram a julgamento no
dia 3 de fevereiro deste ano. Diego Polary foi condenado a oito anos de prisão,
por ser o responsável pelo assassinato do advogado Brunno Matos, assim como a
tentativa de assassinato de Alexandre Matos e Kelvin Chiang; Carlos Marão foi
condenado a seis anos por participação no homicídio do advogado Brunno Matos e
da tentativa de assassinato de Alexandre Matos e Kelvin Chiang; e o vigia João Gomes a um
ano de detenção por lesão corporal e sua pena deve ser convertida em trabalho
comunitário por ser réu primário.
Confira a entrevista com Rubem Soares, pai de Brunno Matos.
Confira a entrevista com Rubem Soares, pai de Brunno Matos.
A família do engenheiro Diego Polary
ficou inconformada com a condenação e impetrou recurso pedindo anulação do
julgamento. Por outro lado, a família de Brunno Matos entrou com pedido de
aumento de pena.
Como
você avalia esse recurso apresentado pela família do Diego Polary?
Avalio como uma afronta a uma família
destruída, total falta de respeito e uma forma de menosprezar a inteligência da
sociedade.
Você
acredita que o julgamento pode ser anulado?
No nosso país tudo é possível, porém,
acredito que, em sendo anulado esse julgamento, a pena pode ser maior que a que
fora dada nesse teatro.
Em
relação às testemunhas, alguma teria omitido informações importantes?
Com relação às testemunhas, é óbvio que
houve pessoas que optaram por não falar a verdade, inclusive uma delas (mulher)
confessou a um de nossos advogados que viu tudo, mas por ter filhos não diria
nada, negaria tudo, por ter medo do Marão.
Você
teria mais algumas informações sobre o assassinato do Bruno que não foram
reveladas até agora?
O principal problema é que o delegado
responsável pela investigação é de conhecimento público amigo do pai e do filho
do assassino do meu filho. Se esse delegado tivesse o mínimo de princípio,
teria se julgado impedido de presidir esse inquérito.
Você
se sente ameaçado por estar determinado a lutar por Justiça?
Com relação a ameaças quero deixar bem
claro que não tenho medo. Meu amor pelo meu filho supera qualquer coisa. De
frente, eu encaro qualquer um, inclusive esse delegado que não tem coragem
suficiente para me olhar nos olhos. Eu tenho!
Algo
mais a dizer?
Para finalizar, eu sei de tudo que
aconteceu. Você lembra quando em uma entrevista eu lhe disse que tinha algo
guardado para a hora certa? Eu não
estava blefando. No dia do julgamento apresentamos um áudio onde o Marão admite
que quem matou o Brunno foi seu sobrinho.
Por fim, digo: Estou torcendo por um
novo julgamento para poder mostrar muito mais. Cuidem-se! Morrer, pra mim, é só uma
questão de tempo, todos morrem, mas poucos morrem por uma causa tão justa. Te amo meu filho!
Essa dor é dilacerante! Perder um filho no auge da vida de forma tão estúpida e abrupta é de enlouquecer qualquer pai! Oro pra que Deus acalme os corações quebrantados!
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