“A lamentável decisão do senador
João Alberto, presidente do Conselho, frustra as expectativas de que o
Congresso se paute pelos valores da transparência e da legalidade. O
arquivamento também lança dúvidas e especulações sobre eventuais acordos que
possam estar sendo feitos nas sombras", disse Lamachia.
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Cláudio Lamachia, presidente da OAB, e o senador João Alberto, ao lado do 'chefão' Sarney |
O presidente da Ordem dos Advogados do
Brasil (OAB), Claudio Lamachia, fez duras críticas à decisão do presidente do
Conselho de Ética do Senado, senador João Alberto (PMDB-MA), de arquivar a
representação que pedia a cassação do mandato do senador afastado Aécio Neves
(PSDB-MG).
Em nota à imprensa, Lamachia disse que a
decisão do senador do PMDB representa um "deboche da sociedade".
"A lamentável decisão do senador
João Alberto, presidente do Conselho, frustra as expectativas de que o
Congresso se paute pelos valores da transparência e da legalidade. O
arquivamento também lança dúvidas e especulações sobre eventuais acordos que
possam estar sendo feitos nas sombras", disse o presidente da OAB.
A OAB afirmou que, no contexto atual,
era “imprescindível” que o processo tivesse curso para que o senador mineiro
pudesse prestar os esclarecimentos necessários. Para João Alberto, no entanto,
Aécio não agiu de má-fé ao pedir R$ 2 milhões ao dono da JBS, Joesley Batista.
“Esse cidadão (Joesley) era tido como um
homem sério, um dos principais empresários do País, com trânsito em todas as
áreas, e que nunca se pensou que era bandido. Ele, Aécio, entrou para conversar
com um bandido pensando que era uma pessoa séria”, defendeu o presidente do
Conselho. Ele destacou que as gravações de Aécio com Joesley não o convenceram
de que houve quebra de decoro parlamentar, nem as reportagens publicadas pela
imprensa.
Ao justificar sua decisão pelo
arquivamento, o senador João Alberto disse que não há "elementos
convincentes para processar o senador". "Me parece que fizeram uma
grande armação contra o senador Aécio", disse.
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