Tenente-coronel
é o nono policial preso por suspeita de envolvimento em uma quadrilha de
contrabandistas de armas, bebidas e cigarros no Maranhão.
O tenente-coronel Antônio Eriverton
Nunes Araújo, de 49 anos, chegou em São Luís na tarde desta quarta-feira (7).
Ele foi preso em Belém-PA, onde fazia um curso. A prisão foi decretada pela
Justiça por ele ser suspeito de participar da quadrilha que contrabandeava
armas, cigarros e bebidas, no Maranhão.
O tenente-coronel foi recambiado para
São Luís em um helicóptero do Centro Tático Aéreo (TA). O desembarque ocorreu
no início da tarde no heliponto localizado na sede da Secretaria de Segurança
Pública do Maranhão (SSP-MA).
Da secretaria, ele seguiu para a
Superintendência de Combate à Corrupção (Seccor), onde presta o seu primeiro
depoimento. Em seguida, ele será levado à prisão no Quartel do Comando Geral da
PM, no Calhau, onde estão os demais policiais presos na operação. O
tenente-coronel Eriverton comandou o 21º Batalhão de Polícia Militar de junho
de 2017 a janeiro deste ano.
Até o momento, as investigações
confirmaram que a quadrilha de contrabandistas tinha dois galpões clandestinos,
que guardavam uma grande quantidade de bebidas e cigarros. Uma mercadoria avaliada
em R$ 100 milhões. A suspeita é de que os produtos, provavelmente vindos do
Suriname, chegavam de navio. Em seguida eram colocados em barcos menores e
desembarcados em um porto particular localizado no povoado Arraial, no Bairro
Quebra Pote, zona rural de São Luís.
Já foram presas 16 pessoas, entre elas o
Delegado Tiago Bardal, que era superintendente estadual de investigações
criminais (Seic), um dos cargos mais importantes da Polícia Civil do Maranhão.
Além dele, estão presos o ex-vice-prefeito de São Mateus, Rogério Sousa, o
coronel da PM, Reinaldo Elias Francalanci, e o major Luciano Rangel,
ex-subcomandante do 21º BPM.
Segundo as investigações, o Major Rangel
e outros cinco policiais usavam uma viatura da PM para fazer escolta dos
caminhões que transportavam cargas ilegais. Ainda de acordo com a denúncia, o
esquema pagaria ao Major Rangel a quantia mensal de R$ 50 mil, e entre R$ 6 e
R$ 10 mil aos policiais subordinados à ele.
O tenente-coronel Antônio Eriverton é o
nono militar preso nos últimos 15 dias por suspeita de envolvimento com os
contrabandistas.
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