Bruno
Nunes Elihimas, de 35 anos, alegou que o flanelinha William José de Souza, de
63 anos, agrediu a sua namorada dois dias antes do espancamento. Em
consequência dessa agressão, ela teria perdido um bebê.
O comerciante e ex-fisiculturista Bruno
Nunes Elihimas, de 35 anos, que espancou o flanelinha William José de Souza, 63
anos, na calçada de uma rua do bairro do Pina, no Recife, falou pela primeira
vez à imprensa sobre a repercussão do caso. Em entrevista exclusiva à TV Clube
na tarde desta segunda-feira (31), ele alegou que atacou o idoso porque, dois
dias antes do espancamento, o flanelinha agrediu física e verbalmente a sua
namorada, que estava grávida e perdeu o bebê.
Bruno pediu perdão à família de William,
pediu compreensão à sociedade pelo crime, mas alegou que também é “vítima” do
episódio. “Eu também fui vítima porque perdi um filho. Ele perdeu um dente”,
alegou Bruno ao repórter Tiago Raposo.
Acompanhado do advogado, o agressor
falou que o flanelinha prestava serviços ao ex-marido da atual mulher. Após a
separação do casal e a posterior união da mulher com Bruno, William teria
começado a hostilizá-la. “Ele (ex-marido) começou a utilizar esse cidadão
(William) para incitar a violência contra a minha esposa, agredindo ela
verbalmente, dizendo palavras de baixo calão. E depois começou a agredi-la
verbalmente e jogou uma panela nela”.
Segundo Bruno, a namorada foi agredida
com uma panelada por William no último dia 26 de dezembro. Ela apresentou um
sangramento e foi atendida em casa por um obstetra, que teria atestado a perda
do bebê, então com dez semanas de gestação. “Ela não prestou queixa por estar
ainda no clima de Natal, por estar com duas crianças em casa. Nesse contexto de
crianças e de família, ela se viu constrangida de ir em uma delegacia e se
expor nessa medida”.
O comerciante reiterou que vai
apresentar o laudo do médico à Polícia. Ele não quis mostrar o documento à
reportagem e informou apenas o nome do médico.
Bruno Nunes disse que se encontrou por
acaso com William dois dias depois, quando se preparava para viajar. “Eu queria
saber por que ele tinha feito aquilo. Ele deu de ombros e foi embora. Foi
quando aconteceu (o espancamento). Me arrependo por ter me excedido. Podia ter
sido um pouco mais brando, um pouco mais leve”. O comerciante afirmou que vai
se apresentar à Polícia, mas não antecipou a data.
De tão machucado após o espancamento que
sofreu no sábado (29), o flanelinha William José de Souza, mal consegue falar.
Aos 63 anos, perdeu vários dentes e apresenta hematomas pelo corpo causados
pelos socos, joelhadas e chutes na cabeça desferidos pelo empresário e
fisiculturista Bruno Nunes Elihimas, de 35 anos, na calçada de uma rua do bairro
do Pina, no Recife.
Após ficar um dia internado no Hospital
da Restauração (HR), a vítima recebeu alta na noite deste domingo (30) e voltou
para casa, no bairro de Brasília Teimosa, onde falou sobre o ataque que
repercutiu nas redes sociais e causou revolta: “Não sei nem contar. Foi um
negócio de repente”. William José disse não entender o motivo do espancamento e
negou a versão apresentada por Bruno, segundo a qual William teria agredido a
namorada dele dois dias antes do ataque.
Agressor
vai passar o réveillon na cadeia
Em vez da Praia de Serrambi (Ipojuca),
onde planejava celebrar o réveillon, o comerciante e ex-fisiculturista Bruno
Nunes Elihimas, de 35 anos, vai ver a chegada de 2019 no Cotel (Abreu e Lima),
para onde foi encaminhado no início da noite desta segunda-feira (31).
Depois de ouvido pela delegada de Boa
Viagem, Beatriz Leite, na tarde desta segunda, ele foi enquadrado no artigo
129, parágrafo 2º, inciso 4º, que caracteriza lesão corporal grave.
Bruno Nunes Elihimas chegou à Delegacia
de Boa Viagem, acompanhado pelo advogado Marcelo Soares às 15h30. A delegada
Beatriz Leite chegou ao local às 16h50. O mandado de prisão foi expedido na
tarde desta segunda-feira.
O empresário era considerado foragido e
ainda tinha o agravante de se encontrar em liberdade condicional por receptação
e falsificação de produtos fitoterápicos. Na entrevista ao repórter Tiago
Raposo, ele disse que temia voltar ao Cotel, onde havia ficado 59 dias, por ter
sido ameaçado de morte por facção criminosa.
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