A Secretaria de Estado da Segurança
Pública (SSP) apresentou, nesta sexta-feira (14), na sede da Superintendência
Estadual de Investigações Criminais (Seic), em São Luís, o suspeito de liderar
uma quadrilha de furto de equipamentos e sinal de internet.
Linderson Dourado Alves e outros 12
homens agiam desde 2015. Eles fraudaram redes de internet em pelo menos 25 municípios
do Maranhão, incluindo São Luís. Os materiais apreendidos foram estimados em mais
de R$ 3 milhões.
A prisão é resultado da Operação Dourado,
em referência ao nome do suspeito, realizada pela Seic, órgão da Polícia Civil.
O alvo de Linderson Dourado Alves era
uma empresa de telefonia na qual trabalhava como técnico de campo e onde
recrutou os membros do grupo, todos funcionários e com conhecimento em redes e
sistemas de internet.
A quadrilha furtava equipamentos e
criava sites para venda de sinal de internet. A polícia apreendeu itens que já
estavam instalados nos sites clandestinos como roteadores, antenas, cabos de
fibra ótica; placas de DSLAN (com valor médio de R$ 10 mil), utilizado para
montagem da rede de internet; mais de 90 equipamentos Gbics tipo pen drives (com
valores entre R$ 1,5 mil e R$ 15 mil), equipamentos usados para desviar o sinal
de internet.
Em cada município foi montado um site
clandestino, o sinal era comercializado sendo cobrada uma taxa mensal pelo
serviço. Em algumas cidades, a exemplo de São José de Ribamar, o número de
clientes que adquiriram o serviço com a quadrilha passava dos 700. A quadrilha
tinha amplo controle do sinal de internet.
“Eles possuíam um equipamento com
capacidade para bloquear o sinal de toda a rede do Norte e Nordeste, caso assim
desejassem. Temos informações de que existem mais municípios onde há ligações
clandestinas instaladas pela mesma quadrilha”, ressaltou o diretor do
Departamento de Combate ao Crime Organizado (DCCO), órgão da Seic, delegado
Paulo Carvalho.
A polícia investiga se há conivência dos
consumidores, que a princípio, não são enquadrados como suspeitos. “Esses
clientes, até onde apuramos, pagavam o preço de mercado pelo serviço de
internet, que descartaria alguma vantagem na aquisição do serviço. Mas, a investigação
prossegue e vamos apurar a situação de alguns clientes”, enfatiza o delegado.
Linderson Dourado foi detido em São José
de Ribamar, onde morava e contra ele havia um mandado de prisão. Foram presos,
também, Widson Júnior da Silva Carvalho, que estava no município de Zé Doca, e
Frankisley Sá, detido em Vitorino Freire. Os três serão encaminhados à Penitenciária
de Pedrinhas.
A polícia cumpriu, ainda, 27 mandados de
busca e apreensão em vários municípios, dentre eles, São Luís, São José de
Ribamar e vários outros nas regiões do Médio Mearim e Baixada Maranhense.
A investigação prossegue e a polícia
está empenhada na captura dos outros membros do grupo. Alguns, segundo a
polícia, são funcionários da empresa de telefonia. Os suspeitos podem responder
por receptação qualificada (por ser item de serviço público), furto qualificado,
organização criminosa e estelionato.
Operação
A Operação Dourado, em referência ao
líder da quadrilha, iniciou em 2016, após denúncias da concessionária de
telefonia sobre furtos de baterias estacionárias. O equipamento custa cerca de
R$ 5 mil e a média de baterias furtadas da empresa, no Maranhão, girava em
torno de 200 por mês.
Dourado passou a furtar outros
equipamentos de instalação de sites enquanto ainda era técnico de campo da
empresa, em São José de Ribamar. Durante as investigações, a polícia constatou
que o patrimônio do suspeito era incompatível com o poder aquisitivo. A casa
era de alto padrão e na garagem havia carros de luxo.
A operação envolveu 27 delegados, 70
investigadores, escrivães, peritos criminais e técnicos em telefonia da
empresa, que colaboraram com as investigações. Os alvos eram sites instalados
em subestações clandestinas, montados com equipamentos furtados e ou receptação
de operadoras.
Quero informar, que essa reportagem foi completamente desastrosa! As duas pessoas envolvidas na reportagem (Widson e Franksley) nada tem haver com essa operação!
ResponderExcluirO ministério público nem sequer fez a denuncia, pois não havia provas contra Widson e Franksley. O administrador do blog poderia retirar essa reportagem, para evitar propagação de notícias falsas.
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