Policiais prenderam hoje em Brasília um
homem de 41 anos que, vestido com farda militar, molestava mulheres
aleatoriamente na rua.
No início da tarde, uma jovem de 18 anos
procurou a Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (DEAM) para relatar que
havia sido abordada enquanto fazia uma corrida ao redor de uma quadra
residencial na Asa Norte, área nobre da capital.
Com as características descritas no
registro da ocorrência, policiais iniciaram uma ronda na região, enquanto a
vítima ajudava a confeccionar o retrato falado do agressor.
Há pouco, policiais prenderem o homem —
devidamente reconhecido pela jovem — com várias roupas camufladas.
Segundo os investigadores, ele é natural
do Maranhão, não tem endereço fixo e aparenta ter problemas psiquiátricos.
A Polícia Militar informou a agentes da
DEAM que já tinha conhecimento de relatos semelhantes — mulheres tendo as
partes íntimas tocadas por um homem vestido de militar, inclusive de boina.
A investigação, porém, só pôde se
concretizar porque a jovem molestada hoje, mesmo bastante abalada, decidiu
buscar a delegacia.
“Precisamos da confiança de mulheres que
passam por esse tipo de situação. A denúncia, para elas, pode ser libertador. E
o nosso trabalho é para que nenhum desses crimes fique impune”, disse a titular
da DEAM, Sandra Gomes.
“Muitas mulheres acham que não vão
conseguir reconhecer o agressor, que ‘não vai dar em nada’ fazer a denúncia,
mas temos que trabalhar com a certeza de que não existe crime perfeito”,
acrescentou.
O molestador foi preso em flagrante e
será indiciado por importunação sexual, crime que passou a ser previsto na
legislação em setembro do ano passado e pune com prisão situações que antes não
rendiam mais do que uma multa. A pena pode chegar a cinco anos de prisão.
A delegada deixou claro não saber se as
fardas usadas pelo molestador são oficiais. Mas aproveitou para fazer um alerta
aos militares, principalmente levando em conta que o caso de hoje ocorreu em
uma quadra com apartamentos funcionais do Exército:
“Não sabemos como essas roupas chegaram
até ele. Quando não forem mais usadas, as fardas militares precisam ser, de
fato, descartadas, queimadas, para que não sejam reutilizadas dessa forma.”
Com informações do site O Antagonista
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