Ao comentar as manifestações de apoiadores
de Bolsonaro, o governador maranhense destacou que o isolamento do presidente
em “guetos ideológicos” e a hostilidade contra o Congresso Nacional e o Supremo
Tribunal Federal que os atos deste domingo expressaram aumentarão as
dificuldades do governo.
O governador do Maranhão, Flávio Dino,
comentou através do Twitter, as manifestações em apoio à Bolsonaro ocorridas
neste domingo (26). Para Dino, os atos promovidos pelos setores de extrema
direita são um “gesto defensivo, típico de quem não está conseguindo impor a
sua agenda”. Para ele, a governabilidade de Bolsonaro deve ficar pior do que já
está.
“A governabilidade vai piorar, pois quem
governa não pode se refugiar em guetos ideológicos, a não ser em último caso.
Tampouco pode promover gestos de hostilidade à maioria do Congresso Nacional e
até ao Supremo”, declarou o governador maranhense.
Mesmo que Bolsonaro tenha afirmando que as
manifestações foram em defesa do Brasil e pela aprovação das reformas que
enviou ao Congresso Nacional, o que se viu de fato foi muita hostilidade contra
os poderes Legislativo e Judiciário. Também não faltou louvação ao ministro
Sérgio Moro, numa demonstração de as ideias do chamado “lava-jatismo” ajudam na
mobilização dos segmentos mais fanático que apoiam Bolsonaro e seu governo.
Flávio Dino considera que os atos deste
domingo “são suficientes para conter pautas de derrubada do governo Bolsonaro,
nascidas dentro da própria elite. Mas são insuficientes para impulsionar a
agenda extremista e sectária”.
A cobertura da chamada “grande mídia” ao
longo do dia já refletiu um pouco do que diz o governador. Sem avaliar a
dimensão das manifestações, a Globo, em especial, tentou associá-las à defesa
da reforma da previdência, ao “pacote anticrime” de Sérgio Moro e à Medida
Provisória 870, em especial à manutenção do COAF vinculado ao Ministério da
Justiça e não ao da Economia, como aprovou a Câmara de Deputados. Ocorre que
quase não se viu manifestantes tratando dessas questões.
O governador destacou ainda que as
manifestações deste dia 26 foram bem menores do que as que ocorreram no dia 15
de maio em defesa da educação. Segundo o portal G1, até as 19:30 do domingo,
156 cidades de 26 estados e no Distrito Federal havia realizado atos. Já no dia
15 de maio, as manifestações em defesa da educação ocorreram em 198 cidades de
todos os estados e no Distrito Federal. Com um detalhe, apenas em São Paulo e
no Rio de Janeiro, as manifestações deste domingo foram massivas. Nas demais
cidades as atividades tiveram pouca expressão, ao contrário do que ocorreu no
dia 15.
Para Flávio Dino, “dependendo dos próximos
dias, se governo Bolsonaro mantiver beligerância, os atos de 30 de maio podem
ser ainda maiores”.
do Portal Vermelho
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