O policial militar do Estado do Maranhão
Francisco Ribeiro dos Santos Filho, acusado de matar o cabo da PM do Piauí
Samuel Borges, é apontado como autor de mais três assassinatos. Os demais
crimes foram praticados na região do bairro Pedra Mole (zona Leste de
Teresina), onde, segundo a Polícia Civil, o acusado agia como uma espécie de
justiceiro.
“Uma coisa que chegou pra nós e estamos
investigando é que ele estava agindo como uma espécie de justiceiro naquela
região, recebendo dinheiro de comerciante para matar pessoas envolvidas em
crimes de roubo e furto”, destacou o coordenador do Departamento de Homicídios
e Proteção à Pessoa (DHPP), delegado Francisco Costa, o Barêtta.
O policial também é apontado como o
responsável pela morte de Felipe da Silva Araújo, Pedro Henrique de Sousa
Florêncio e Diego Armando Alves do Nascimento. As execuções aconteceram em
2018.
“O delegado Robert Lavor [responsável pela
investigação] recebeu a informação de que um indivíduo, numa moto, é quem tinha
realizado esses assassinatos. Quando o cabo foi morto, recebemos a informação
de que seria o mesmo elemento. Com essas informações do inquérito policial, o
delegado resolveu requisitar a perícia na arma apreendida durante a morte do
cabo Samuel, uma pistola .40 da Polícia Militar do Maranhão. Foram feitos os
exames balísticos nos projéteis encontrados no corpo da vítima e foi comprovado
que a arma que matou o cabo Samuel foi a mesma que matou Felipe, o Pedro Henrique
e o Diego”, detalhou Barêtta.
Ainda de acordo com informações do
delegado, o soldado só assumiu ter matado Pedro Henrique e Diego.
“Diante dos indícios materiais e
testemunhais, o delegado Robert intimou o soldado para ser ouvido, inclusive
ele foi ouvido no presídio. Lá ele afirmou que assumiu a morte do Pedro
Henrique e do Diego, dizendo que matou porque eles o abordaram para tomar a
moto dele de assalto. Só que verificamos que não houve nenhum registro de roubo
naquele dia e nem contra alguma outra pessoa naquela região. Segundo familiares
os jovens saíram para botar créditos no celular. Quanto ao Felipe, ele
[Francisco Ribeiro] negou a autoria porque no dia 16 de agosto a arma dele
teria sido subtraída da casa dele. Mas ele mesmo foi quem matou Felipe da Silva
Araújo, as provas são claras”, acrescentou o coordenador do DHPP.
O soldado foi indiciado pelos dois crimes
que assumiu ter praticado. O delegado Robert Lavor já representou pela prisão
preventiva do acusado.
Audiência
de Instrução
Nesta segunda-feira (27), Francisco
Ribeiro passou audiência de instrução e julgamento relacionada ao homicídio do
cabo Borges. A sessão foi iniciada, no Fórum Cível e Criminal de Teresina, por
volta das 9h desta segunda-feira e interrompida agora à tarde. Uma testemunha
do crime ainda será ouvida. A audiência continua na quarta-feira (29).
Entenda
o caso
O cabo Samuel foi assassinado a tiros, na
tarde do dia 1º de fevereiro deste ano, ao se envolver em uma discussão com
outro policial no bairro Jockey, zona Leste de Teresina.
De acordo com informações passadas pela
polícia, a vítima estava indo pegar o filho na escola quando se iniciou a briga
com o outro policial. Ele foi alvejado com três tiros na frente do filho, de
apenas 8 anos, na rua Cândido Ferraz, por volta das 13h, próximo ao colégio
onde a criança estuda.
O filho do policial entrou em estado de
choque e precisou da ajuda das testemunhas para se acalmar. Logo depois,
familiares da vítima chegaram ao local e se depararam com o crime.
Francisco Ribeiro atua no 11º Batalhão da
Polícia Militar de Timon. Ele foi abordado por populares e acabou sendo
agredido depois de ter praticado o crime.
Com informações do Portal AZ/Teresina
Nenhum comentário:
Postar um comentário