O governador
Flávio Dino, nas redes sociais, disse que uma prova oriunda de hacker ou
espionagem, é ilícita, mas não pode ser ignorada ou jogada no lixo. “Ela pode
ser usada para preservar ou restabelecer a liberdade de um acusado”, disse.
Como se estivesse
mandando uma mensagem direta ao ex-juiz Sérgio Moro, o governador disse que é
errado uma autoridade se refugiar no “nada a declarar”. “Toda autoridade
pública tem o dever de prestar contas sobre seus atos funcionais”, acrescentou.
Ele criticou o deslocamento
do debate público apenas para a forma de obtenção da prova, reforçando que
eventual ação de hackers deve ser investigada e provada. Para ele, isso não
exclui a análise do conteúdo da prova, mesmo que seja ilícita, quando isso
proteger o direito à liberdade de um acusado.
Leia o que escreveu
o governador
Se
realmente uma prova for oriunda de hacker ou espionagem, ela é ilícita. Mas
pode ser usada para preservar ou restabelecer a liberdade de um acusado, em
face do princípio da proporcionalidade. Logo, a prova não pode ser ignorada ou
jogada no lixo.
Assim, é errado uma autoridade se refugiar no “nada a
declarar”, que o ministro da ditadura Armando Falcão tanto usava. Toda
autoridade pública tem o DEVER de prestar contas sobre seus atos funcionais.
Não
adianta deslocar o debate público apenas para a forma de obtenção da prova.
Eventual ação de hackers deve ser investigada e provada. Mas isso não exclui a
análise do conteúdo da prova, mesmo que realmente seja ilícita, quando isso
proteger o direito à liberdade de um acusado.
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