O governo do Maranhão anunciou nesta
terça-feira (30) que vai homenagear Felipe Santa Cruz, presidente do Conselho
Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). A homenagem tem como propósito
reconhecer o seu papel na defesa do Estado Democrático de Direito e do País.
Felipe Santa Cruz receberá a medalha e o
diploma da Ordem dos Timbiras, no Grau de Grã-Cruz.
“Vamos homenagear em setembro o presidente
do Conselho Federal da OAB, Felipe Santa Cruz, que visitará o Maranhão. A OAB e
o seu atual presidente nacional tem importante papel em defesa do Estado
Democrático de Direito e da Federação”, destacou Flávio Dino.
Os ataques de Bolsonaro contra o
presidente da OAB
Durante entrevista na segunda-feira (29),
Bolsonaro ofendeu o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Felipe
Santa Cruz, filho de Fernando Santa Cruz, ao minimizar o desaparecimento de seu
pai. “Um dia se o presidente da OAB quiser saber como é que o pai dele
desapareceu no período militar eu conto para ele. Ele não vai querer ouvir a
verdade. Eu conto para ele”, disse Bolsonaro.
A declaração de Bolsonaro foi dada em
resposta ao desfecho do processo judicial que considerou Adélio Bispo, autor da
facada contra ele durante a campanha eleitoral, inimputável (isento de pena devido
a doença mental). Por este motivo, ele ficará em um manicômio e não em um
presídio.
Após ter usado o desaparecimento do pai
para atacar o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Felipe Santa
Cruz, Jair Bolsonaro (PSL) negou que os militares estejam relacionados à morte
dele. Fernando Santa Cruz foi militante
da Ação Popular que sumiu em 1974, durante a ditadura. O corpo dele nunca foi
encontrado.
Em uma transmissão ao vivo feita enquanto
cortava o cabelo, Bolsonaro acusou o próprio grupo de matá-lo. “Com quem eu
tive informações? Com quem eu conversava na época, ora bolas”, disse. “E o
pessoal da AP do Rio de Janeiro, primeiro ficaram estupefatos: ‘Como pode esse
cara de Recife se encontrar conosco aqui?’. O contato não seria com ele, seria
com a cúpula da AP de Recife. Eles resolveram sumir com o pai do Santa Cruz.
Essa é a informação que tive na época. Qual é a tendência? ‘Se ele sabe, nós
não podemos ser descobertos’. Existia essa guerra”, afirmou.
Quando desapareceu, Fernando Santa Cruz
estava na casa do irmão Marcelo e chegou a adverti-lo, segundo a Comissão da
Verdade, de que se não aparecesse teria sido preso. Em 2012, o delegado
aposentado do DOPS Cláudio Guerra revelou em 2012 que ele e outros presos
tiveram seus corpos incinerados no forno de uma usina em Campos, no Rio.
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