Por Julião Amin (com acréscimos)
Jackson Lago foi
um grande opositor ao neoliberalismo, ao combater a #desigualdadesocial e
promover o bem-estar do povo com justiça e progresso.
Neste 29 de
outubro, há 13 anos, o povo maranhense foi para as ruas comemorar a vitória de
Jackson Lago para o #GovernodoMaranhão.
Hoje, o que se vê
é um grande movimento popular na América Latina, a exemplo do Chile, em que a
Nação desperta para seus direitos, tornando-se protagonista de sua história.
Esses foram os
ideais que Jackson Lago sempre cultivou em sua trajetória política, lutando
contra uma perversa oligarquia arraigada no Maranhão, por décadas, realizando
importantes conquistas com sua agenda social, como a construção de escolas e
fortalecimento da saúde.
Jackson Lago lutou
pelo povo e o priorizou nas #políticaspúblicas, que deixou como legado.
Coloco Jackson
Lago ao lado de grandes lideranças progressistas, dentre as quais Salvador
Allende, em quem buscou inspiração.
Me sinto muito
honrado de ter estado ao lado desse grande maranhense, percorrendo o #Maranhão
inteiro, passando pelas periferias das cidades, portas de fábricas, para
construir os caminhos que levariam o povo ao poder.
Foi com
sacrifícios, dedicação, amor que trilhamos a mesma estrada, com muita fé no
coração de que servir ao povo é a razão de existir do homem público. #JacksonLago
#HomemdoPovo
Relembrando a vitória
de Jackson
Jackson Lago foi
eleito com 51,82% dos votos (1.393.754), contra 48,18% (1.295.880) da senadora
Roseana Sarney (PFL), que era favorita no início da campanha e concorria ao
cargo pela terceira vez.
Prefeito de São
Luís por três mandatos, Lago concorria ao governo do Estado pela segunda vez.
Em 2002, as pesquisas indicavam empate técnico com o primeiro colocado, mas
José Reinaldo Tavares (PSB) acabou vencendo no primeiro turno, com 51,05% dos
votos válidos.
Com meta de tomar
o controle dos aliados da família Sarney no estado, Lago optou pela
neutralidade e não apoiou nenhum dos candidatos à Presidência. Roseana, por sua
vez, contrariou seu partido, que apoiava o tucano Geraldo Alckmin, e fez
campanha para o presidente Luís Inácio Lula da Silva (PT). Lula venceu com 85%
dos votos válidos no estado, mas não conseguiu transferir sua preferência no
eleitorado a Roseana.
Formado na escola
de política do falecido esquerdista Leonel Brizola e tido como um conciliador, Lago
venceu a disputa pelo Palácio dos Leões apoiado no desgaste da dinastia Sarney,
que estava há 40 anos no poder no estado.
Também contribuiu
para a vitória do "doutor Jackson", como é conhecido, o rompimento do
então governador José Reinaldo Tavares (PSB) com o grupo do ex-presidente e
senador José Sarney (PMDB-AP). O slogan de Lago, cuja campanha bateu forte em
casos de corrupção envolvendo o grupo de Sarney, é "trabalho com
honestidade" para dar fim a uma "noite de 40 anos" na política
maranhense.
Cassado em 2009
O plenário do
Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu em julgamento, por maioria (5 votos a
2), no início da madrugada de 04 de março de 2009, cassar os diplomas do
governador do Maranhão, Jackson Lago (PDT) e de seu vice, Luiz Carlos Porto. Também
foi decidido dar posse à segunda colocada na eleição de 2006, senadora Roseana
Sarney (PMDB), e ao ex-senador João Alberto (PMDB), vice dela na chapa.
Votaram contra a
cassação os ministros Marcelo Ribeiro e Arnaldo Versiani. A favor da cassação
votaram os ministros Eros Grau, Fernando Gonçalves, Felix Fischer, Ricardo
Lewandowski e o presidente da Corte, ministro Carlos Ayres Britto.
Em artigo, governador
denunciou o golpe contra ele e a democracia no Maranhão em dezembro de 2008
Trama-se um golpe
contra a democracia no Maranhão
Por Jackson Lago
9 de dezembro de
2008
Arma-se um golpe
no Maranhão. Trama-se, nos bastidores, um golpe contra a democracia. O objetivo
é a reintegração de posse de um feudo político, o usucapião vitalício e
hereditário do Maranhão. Melhor seria decretar o território maranhense a nossa
galápagos política. Lá, fica revogada a alternância de poder.
Proíba-se a
imprensa nacional de perscrutar nossa história. Na galápagos só entram os
cientistas políticos, curiosos para estudar algumas espécies raras, extintas no
território nacional e que ainda vicejam no Maranhão. O velho oligarca, a filha
do oligarca, onde mais no país, senão na nossa galápagos, podemos estudar com
darwiniana curiosidade tão raros exemplares da evolução política brasileira?
Arma-se um golpe
no Maranhão, como se não houvesse juízes em Brasília. Alega-se desequilíbrio na
disputa, por conta de convênios legalmente firmados entre o governo do estado e
municípios. Imputa-se a mim – candidato sem mandato, sem cargo público, sem
tempo no horário eleitoral – imputa-se a mim esse desequilíbrio. Mas na nossa
galápagos, não é desequilíbrio que o grupo familiar de uma candidata seja
proprietária de 90% de toda a mídia do estado. Não desequilibra o pleito que o
fórum da capital tenha o nome do pai, e o Tribunal de Contas do estado ostente
o nome da filha. Em nome do pai e da filha e do santo espírito da democracia,
nada perturba nossa galápagos.
Nomeiam hospitais,
escolas, pontes, centros administrativos, ginásios de esporte, vilas e até
municípios. Criou-se até o gentílico sarneyense, para quem nasce no município
de Presidente Sarney. Contra a lei, contra a moral, contra tudo.
Constrange-se o
próprio presidente da República, que em seis anos de mandato nunca pisou em
nossa capital e jamais inaugurou uma obra no Maranhão. Não, isso não
desequilibra nenhuma disputa. É assim mesmo na nossa galápagos.
Dediquei 40 anos
de lutas enfrentando a mais formidável máquina de desinformação. Fundei um
partido, o PDT, no qual estou até hoje. Estive no seu nascedouro, signatário da
Carta de Lisboa, juntamente com Leonel Brizola, Darcy Ribeiro, Francisco Julião
e Neiva Moreira. Combati o golpe militar em defesa das liberdades democráticas.
Na política
estadual, concorri a vários cargos públicos para o Legislativo estadual e
federal. Denunciei a situação de miséria do camponês maranhense, sonhei e lutei
pela Anistia, disputei várias eleições com derrotas e vitórias. Por três vezes
nossa capital me fez o seu prefeito. Saí de todos os mandatos com o patrimônio
de médico e funcionário público. Não me fiz sócio de qualquer empreendimento,
em busca de vantagens.
Em 1994, disputei
o governo estadual e obtive 21% dos votos. Contava, na ocasião, com o apoio de
dois dos 217 prefeitos do estado. Em 2002, ainda na oposição ao governo do
estado, obtive 42% dos votos para governador. Finalmente, em 2006, com o lema
Trabalho, Saúde e Educação para Libertar o Maranhão, obtive 34,36% dos votos no
primeiro turno, o que permitiu unir os demais candidatos na Frente de
Libertação do Maranhão que finalmente liberou nosso estado sofrido e exausto do
domínio oligárquico de mais de 40 anos.
O Maranhão deu seu
grito de liberdade! Seguimos o nosso objetivo de criar melhores condições de
vida para o nosso povo. Construí em dois anos 160 escolas públicas, afrontando
as três escolas que Roseana Sarney fez em sete anos e quatro meses de mandato.
Pavimentei mais de dois mil quilômetros de asfalto. Vamos inaugurar em breve o
primeiro hospital de emergência/urgência no interior do estado. Nas últimas
eleições, o estado confirmou o ocaso oligárquico, elegendo 70% dos prefeitos
dos partidos da Frente de Libertação.
Essa votação
expressa o natural repúdio do povo maranhense a tantos anos de atraso. No
entanto, sou acusado, no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), de abuso de poder
econômico e de mídia. Pasmem, sou acusado, pelo grupo Sarney, de abuso de poder
econômico e de mídia!
Fabricam provas,
corrompem testemunhas, pregam verdadeiro terrorismo no estado, jactando
prestígios, antecipando decisões judiciais. Quousque tandem? Tenho um olho na
Justiça, na qual confio, e outro no povo maranhense, fiador do meu destino. Em
contrição, soletro os versos gonçalvinos “a vida é combate, que aos fracos
abate, aos fortes, aos bravos, só pode exaltar”.
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