João
Bosco Nonato Fernandes (PSDB) foi um dos alvos de ação da Polícia Federal por
ser acusado de desviar verba de obra pública no estado.
O prefeito de Uiraúna, João Bosco Nonato
Fernandes (PSDB), cidade na Paraíba, apareceu em imagens captadas pela Polícia
Federal escondendo maços de dinheiro na cueca. A sequência faz parte de
denúncia da Operação Pés de Barro, deflagrada neste sábado, 21, que
desarticulou organização criminosa dedicada à realização de pagamentos ilícitos
e superfaturamentos de obras no sertão da Paraíba. As imagens fora divulgadas
pelo Jornal Nacional, da TV Globo.
As investigações apuram pagamentos de
propinas decorrentes do superfaturamento das obras de construção de uma adutora
que deve se estender do município de São José do Rio do Peixe, na Paraíba a
Uiraúna, no sertão da Paraíba. Entre outubro de 2018 e novembro de 2019, a
empresa Coenco Construções, responsável pelas obras, recebeu dos cofres
públicos R$ 14,7 milhões e, em decorrência da ação criminosa, repassou R$ 1,2
milhão ao deputado federal Wilson Santiago (PTB-PB) e R$ 633 mil ao prefeito,
como propina.
O inquérito policial federal teve por
base uma proposta de colaboração premiada, apresentada pela Polícia Federal e
acolhida pelo ministro Celso de Mello, do STF (Supremo Tribunal Federal), que
está em sigilo.
A ação teve busca e apreensão no
Congresso e o deputado Santiago foi afastado do cargo pelo ministro Celso de
Mello. Outras cinco pessoas são acusadas de integrar o esquema.
O advogado de Wilson Santiago, Luís
Henrique Machado, afirmou, em nota, que o parlamentar recebeu “com respeito e
acatamento” a decisão do ministro Celso de Mello e que ele está “tranquilo e
demonstrará a inexistência de qualquer relação com os fatos investigados”.
Com base nas denúncias, a PGR
(Procuradoria Geral da República) denunciou os acusados pelos crimes de
organização criminosa e corrupção e passiva.
Nenhum comentário:
Postar um comentário