Juíza alegou que
não há hipóteses no Código de Processo Penal que sustentem a prisão preventiva
de Gerson Leonardo.
O motorista pagou uma fiança de R$ 5.200, sendo que ele está proibido de frequentar bares, shows e festas, e está proibido de sair da comarca de São Luís, sem prévia autorização judicial, e deve se apresentar todo mês ao juiz.
O motorista Gerson
Leonardo Barbosa Viana, de 28 anos, que dirigia o veículo Polo, de cor branca,
e placa PTJ-5263, na madrugada de sábado (11), quando desviou o carro de um
para-brisa disperso na pista da Avenida Professor Carlos Cunha, no bairro do
Jaracati, e acabou despencando sobre uma casa na Rua Santa Tereza, já está
solto. No acidente, duas pessoas ficaram levemente feridas. O crime foi
tipicado por lesão corporal culposa, conforme o artigo 303, do Código de
Trânsito Brasileiro (CTB).
De acordo com a
juíza Rafaela de Oliveira Rodrigues, que era quem estava no plantão do Tribunal
de Justiça do Maranhão, no sábado, devido ao crime não ter sido tipificado como
doloso, conforme o artigo 313 do Código de Processo Penal, a prisão em flagrante
de Gerson Leonardo foi revertida em liberdade provisória com medidas
cautelares.
Segundo a juíza, o
motorista pagou uma fiança de R$ 5.200, sendo que ele está proibido de frequentar
bares, shows e festas, e está proibido de sair da comarca de São Luís, sem
prévia autorização judicial, e deve se apresentar todo mês ao juiz. O acidente
ocorreu por volta das 3h34 de sábado.
Gerson Leonardo
foi autuado em agrante e levado para a Delegacia do Plantão Central, localizada
nas Cajazeiras, Centro. No mesmo dia, a juíza avaliou o caso e deu a sua
decisão, concedendo a liberdade provisória ao motorista. De acordo com a
titular da Delegacia de Acidente ao Trânsito (DAT), a delegada Rosa Maria Nava,
devido ao motorista ter sido solto, o inquérito iniciado pelo Plantão Central –
registrado pelo delegado Wady Miguel Nazar Safady –, tem prazo de 30 dias para ser
concluído pela DAT.
De acordo com o
Fórum Desembargador Sarney Costa, os documentos referentes a esta ocorrência
ainda serão enviados para a Central de Inquérito, transformados em processo, e
distribuídos para uma unidade criminal.
O acidente
Estavam no Polo
Gerson Leonardo Barbosa Viana, de 28 anos; e os amigos do motorista Maykon
Sousa e Belmiro de Ribamar Lindoso Filho, ambos de 30 anos. Na casa que cou
destruída, devido à queda do carro, estava o pedreiro Antônio Fabian de Brito
Costa, 32; a dona de casa Claudiana Carneiro Sousa, e os dois lhos do casal –
duas crianças, cuja idades são um e três anos.
Logo após o
acidente, Claudiana foi levada para o Hospital Municipal Djalma Marques, o
Socorrão 1, com dores no pescoço, mas no mesmo dia foi liberada.
As duas crianças
não sofreram ferimentos. Imagens de um vídeo do acidente mostram que o Polo
desviou do para-brisa, na pista da Avenida Professor Carlos Cunha, perdeu o
controle, e caiu na Rua Santa Tereza, pela lateral, numa parte onde não há
grade de proteção.
Gerson, Maykon e
Belmiro são moradores do Sá Viana. Há informações de que Gerson realizou o
teste do bafômetro, que constatou a embriaguez, e acabou sendo preso. De acordo
com a delegada da DAT, Rosa Maria Nava, dirigir bêbado é um crime afiançável,
mas, provocar um acidente de trânsito quando se está alcoolizado compete crime
inafiançável.
“Se ele continuasse preso, teríamos apenas dez dias para concluir o
inquérito. Porém, como ele foi solto, temos até um mês para apurarmos as circunstâncias.
E isso inclui coletar os depoimentos das vítimas, do suspeito, e das
testemunhas”, informou Rosa Nava.
Outro acidente
Este é o segundo
acidente, com as mesmas características, ocorrido na região em pouco mais de
quatro meses. Na madrugada do dia 8 de setembro, um acidente de trânsito na
Avenida Carlos Cunha, no bairro do Jaracati, acabou matando cinco pessoas. O
condutor do veículo, Victor Yan, perdeu o controle do carro no início da ponte
Bandeira Tribuzzi, saiu da pista, capotou várias vezes e despencou atingindo
diversas pessoas que estavam, na Rua Um.
Os mortos foram
Carla Correa Diniz, agente penitenciária que deixou dois filhos; Tiana Alves
Correa, prima de Carla; Henrique Martins Durans Neto, morador do Jaracaty;
Maurício Andrey Soares, que estava no banco do carona do veículo envolvido no
acidente; Ana Lourdes, passageira do veículo que passou alguns dias internada e
morreu no Hospital Carlos Macieira.
Logo após este
primeiro acidente, os moradores da Rua Um zeram um protesto na Avenida
Professor Carlos Cunha, exigindo que uma barreira de proteção fosse colocada
entre a avenida e a rua, pois esta medida pode evitar que os veículos que
transitam na Carlos Cunha caiam na Rua Um.
Nesta
manifestação, os moradores da Rua Santa Tereza disseram que teriam participado,
dando apoio, e também para solicitar a barreira de proteção, entre a Carlos
Cunha e aquela via.
No local da tragédia, após essa manifestação, a Prefeitura instalou a barreira de proteção e fez alterações no traçado do acesso à Ponte Bandeira Tribuzzi.
Os moradores da Rua Santa Tereza esperam que a prefeitura instale outra barreira no local onde o carro despencou sobre a casa.
Com informações do
Jornal Pequeno
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