O policial militar Carlos Eduardo Nunes
Pereira, de 30 anos, que matou a companheira e o amigo dela, disse que a
relação estava fria e que havia decidido se separar, de forma consensual, sem
atritos, na noite de sexta-feira (24), mas que ele ficaria no apartamento até
conseguir outro lugar para morar. A revelação foi feita em depoimento durante a
autuação em flagrante na Superintendência de Homicídio e Proteção à Pessoa
(SHPP).
Bruna Lícia Fonseca Pereira, com quem o
PM mantinha uma relação estável há dois anos, e o amigo, José Willian dos Santos Silva, foram mortos a tiros pelo PM dentro de um dos quartos do apartamento, por volta
das 14h desse sábado (25), no condomínio Pacífico 1, no bairro Vicente Fialho,
em São Luís. No momento do crime, eles estavam mantendo relação sexual e foram
flagrados pelo PM.
Carlos Eduardo ingressou na PM no ano de
2017 e era lotado no 1º BPM, no bairro Anjo da Guarda, em São Luís.
Confira alguns trechos do
depoimento do PM:
— O casal mantinha uma relação estável
há dois anos. Quando eles se conheceram Bruna já trabalhava na empresa Equipar;
— No início do relacionamento tudo
correu bem, mas, com o passar do tempo, foi esfriando;
— Em consenso, o casal decidiu que iria
se separar;
— Na sexta-feira (24), ele conversou com
Bruna e resolveram se separar definitivamente;
— No sábado (18), ele chegou a retirar
suas roupas e objetos pessoais do apartamento, indo para a casa da mãe;
— No mesmo dia, resolver voltar para o
apartamento até arranjar um local definitivo para morar;
— A separação estava ocorrendo de
maneira pacífica, sem ofensas de nenhuma parte;
— Ele passou a noite de sexta-feira (24)
no apartamento, juntamente com Bruna, e dormiram no mesmo quarto. Nessa
ocasião, decidiram se separar definitivamente;
— No sábado (25), por volta das 6h20,
ele saiu para trabalhar, saindo do condomínio em seu veículo Fox, sendo que
Bruna ficou no apartamento, sozinha, pois ela não trabalhava todos os sábados;
— Ele iria trabalha no quartel até as
14h, mas resolveu sair meia hora antes para passar na casa do tio, Carlos
Augusto, que estava aniversariando e teria um almoço em família. Ele resolveu
sair rapidamente, pois iria em casa trocar roupa para retornar;
— Ele saiu direto para o apartamento.
Chegando lá, abriu a porta, que estava destrancada, e entrou na sala, ocasião
em que observou que lá se encontrava um colega de Bruna, conhecido como Lucas, que tentou fechar a porta, mas não deu tempo.
— Ele usava um colete balístico e uma pistola .40, em coldre na coxa direita;
— Ele usava um colete balístico e uma pistola .40, em coldre na coxa direita;
— Quando viu Lucas na sala, ficou
insatisfeito porque não gostava de visitas no apartamento quando estava fora,
sendo que se dirigiu até o quarto, que estava com a porta fechada, imaginando
que sua companheira estava trocando de roupa;
— Ele se dirigiu ao quarto e observou
que Bruna estava deitada na cama, nua, ao lado de um homem, também nu. Observou
que o home se tratava de um colega de trabalho dela;
— Ficou na porta do quarto, atônito,
observando a cena, sendo que Bruna e o amante se levantaram da cama e foram em
direção a ele e tentaram agredi-lo, inclusive puxando seu colete;
— Ele revidou e passou a chutá-los,
ocorrendo uma briga generalizada entre os três, sendo que o PM escorregou e se
lembrou que estava armado com uma pistola.
— Ele perdeu a cabeça, se desesperou,
sacou a arma e efetuou vários disparos, não se recordando se atirou primeiro na
companheira o no amante;
— Que só efetuou disparos enquanto o
casal estava em pé;
— Após os disparos, ele pensou em se
matar, mas acabou desistindo da idéia, ao se lembrar da família;
— Ele nega que tenha recebido ligação de
alguém informando que sua companheira estivesse naquele momento com o amante;
— Disse que quando saiu do quartel e foi
para o apartamento, não sabia que sua companheira estava com o amante.
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