Um vereador
bolsonarista está entre as lideranças do motim no quartel da Polícia Militar do
Ceará onde o senador Cid Gomes (PDT-CE) foi baleado na quarta-feira (19).
Filiado ao Solidariedade, Sargento Ailton é ligado a movimentos de direita e se
engajou na campanha do presidente Jair Bolsonaro e participa de atos de apoio a
ele no estado ao menos desde 2017.
Sargento
Ailton estava na espécie de trincheira improvisada pelos policiais no batalhão
da cidade no momento em que o senador foi baleado. À frente da manifestação,
era um dos poucos presentes que não estavam encapuzados. Instantes antes de os
tiros serem disparados, o vereador —que é sargento da Polícia Militar do Ceará—
bateu boca com Cid, que chegou a tentar agarrá-lo pela camisa.
Sargento
Ailton afirma em seu perfil no Facebook ter atuado como uma das lideranças da
última greve de policiais militares no Ceará, entre dezembro de 2011 e janeiro
de 2012. Na ocasião, Cid Gomes era governador do estado e decretou estado de
emergência em razão da paralisação. Homens das Forças Armadas e da Força
Nacional foram deslocados pela ex-presidente Dilma Rousseff (PT) para patrulhar
as ruas do Ceará. Ele foi dirigente da Aspra-CE (Associação dos Praças do
Estado do Ceará).
Ao menos desde
meados de 2017, ele demonstra estar integrado à liderança da militância
bolsonarista no estado. Ligado a grupos de direita da região, ele participou em
novembro daquele ano de uma carreata e da inauguração de um outdoor em
homenagem a Bolsonaro na cidade. Ao lado dele estava o hoje deputado federal
Heitor Freire, presidente do PSL no Ceará e responsável pela organização da
campanha de Bolsonaro no estado.
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