Rádio Voz do Maranhão

sábado, 23 de maio de 2020

Para Flávio Dino, falas na reunião ministerial de Bolsonaro são “teses milicianas”


As falas na reunião ministerial do dia 22 de abril, alvo de denúncia do ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, que motivou o processo sobre suposta intervenção do presidente Jair Bolsonaro na Polícia Federal, continuam tendo forte repercussão, principalmente nas redes sociais.

Nesta manhã de sábado (23), o governador Flávio Dino (PCdoB) voltou a se manifestar e classificar como teses milicianas os discursos onde não faltaram agressões às instituições e até revelação de que o presidente possui um sistema de informação paralelo.

“Teses e práticas milicianas: sistema paralelo de “informações”, armar a população para fins políticos e destruir todas as instituições do estado (governadores, prefeitos, Supremo, bancos públicos, etc)”, postou Flávio Dino em seu perfil no Twitter.

E disse mais: “Há que se destacar que temos hoje mais um elemento nesse cenário de horrores: a declaração do próprio Bolsonaro, feita ontem, de que pediu a Moro para proteger seus filhos em face de investigações ocorrendo no Rio. Alguém ainda acha que ele falava de “segurança pessoal”??”.

O governador lembrou também que todos os presidentes após 1985 enfrentaram investigações e ações judiciais durante os seus mandatos. “Ministros foram investigados e houve operações de busca e apreensão na Câmara e no Senado. Ninguém ameaçou com “intervenção militar”. Só essa gente que atualmente está no poder”, disse Dino.

As postagens do governador provocaram forte reação dos internautas e um número bem grande de comentários nada satisfatórios aos ministros que se pronunciaram e alertando para o caráter antidemocrático desse governo mais preocupados em armar seguidores do presidente do que a pandemia que assola o país.

A internauta Elza Cavalcanti, por exemplo, postou a seguinte mensagem: “Mais claro do isso não tem. Governo antidemocrático! Brasil está perdido nas mãos desses loucos. Enquanto pensam só em manter o governo deles os brasileiros estão morrendo”.

Em outra resposta a uma das publicações de Flávio Dino, Luiz Fernando Santos observa: “A confissão de fato que agora se tornou notório: há um Estado paralelo, com um sistema de informações e, também, armado. A foto de “apoiadores” fardados em frente ao palácio fazendo flexões, comprova”.

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