Prefeito
de Santa Quitéria, Alberto Rocha, não resistiu a complicações da Covid-19 e
morreu no sábado (05)
O enfermeiro Higo Cunha comemorou a morte do prefeito
de Santa Quitéria, Alberto Rocha, de 45 anos. O gestor morreu na manhã de sábado
(06) na UTI do Hospital Dr. Carlos Macieira, em São Luís, em decorrência da
Covid-19.
No vídeo, compartilhado em grupos de WhatsApp, o
enfermeiro diz que aquela era a homenagem à morte de Alberto Rocha, mencionando
ainda termos como “não me pagou”, “ladrão”, “vagabundo” e “vou voltar pro
hospital”. Ele aparece soltando foguetes
e comemorando à parta de casa.
Higo Cunha é natural de Santa Quitéria e era coordenador
do hospital da cidade. Acredita-se que o fato de ele ter saído do emprego tenha
motivado esse ato considerado absurdo, desumano, inaceitável e criminoso, ainda
mais vindo de alguém que fez juramento para preservar vidas.
Alberto Rocha foi o primeiro gestor maranhense, no
exercício do mandato, a perder a vida para a doença, que já vitimou mais de
1.200 pessoas no Maranhão, além de ter infectado mais de 48 mil.
Com a morte prematura, a Famem e dezenas de prefeitos
emitiram nota de pesar. “Alberto foi mais uma vítima da Covid-19, e faleceu em
meio à luta incansável contra a pandemia em seu primeiro mandato como
prefeito”, disse a Famem.
Posicionamentos
O Conselho Regional de Enfermagem do Maranhão
(Coren-MA) informou por meio de nota que lamenta a atitude do profissional e
tomará medidas para que atitudes como essa não se repitam.
Confira a nota na íntegra:
A Junta Interventora do Conselho
Federal de Enfermagem (Cofen) no Conselho Regional de Enfermagem do Maranhão
(Coren-MA) tomou conhecimento de um vídeo que circula nas redes sociais de um
profissional de enfermagem que estaria “comemorando” a morte do ex-prefeito do
município de Santa Quitéria do Maranhão, Alberto Moreira Rocha (PDT), que faleceu
nesse sábado, dia 6, por complicações causadas pela Covid-19.
Sobre o caso, o Coren-MA lamenta
profundamente a conduta desse profissional e a repudia publicamente por
entender que tal atitude é desprezível e totalmente contrária aos valores
éticos e morais que norteiam a Enfermagem.
Cabe aos enfermeiros, técnicos e
auxiliares de enfermagem o cuidado e o respeito com a vida humana. Essa é uma premissa
básica que se aprende desde os primeiros anos da escola de formação, seja ela a
faculdade ou o curso técnico.
Aquele que se diz profissional de
enfermagem e não compreendeu esse princípio estará prestando um desserviço para si mesmo e para toda a sociedade. É
preciso entender que a liberdade de expressão não é absoluta e, por isso, tem
limites.
O regime democrático do país garante
às pessoas o direito de se expressarem da forma como bem entenderem, desde que
não promovam calúnias, injúrias ou difamações contra o próximo.
Dessa forma, o Coren-MA tomará as
medidas necessárias para evitar que atitudes como essa realizada pelo profissional
de enfermagem, de desrespeito ao próximo, inclusive aos mortos, fiquem impunes.
Com informações de O Imparcial
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