Rádio Voz do Maranhão

sábado, 27 de junho de 2020

“Frente ampla não é frente eleitoral”, defende Flávio Dino


Em debate nesta sexta-feira (26) sobre democracia e direitos humanos, o governador Flávio Dino afirmou que nenhuma tática política é uma espécie de chave universal.

“Ela se adequa a cada fechadura. A chave hoje da frente ampla é para abrir uma porta: nos tirar do fascismo galopante e nos colocar em uma perspectiva em que o jogo democrático se mantenha”, defendeu o governador ao lado da professora Esther Solano (Unifesp) e dos jornalistas Laura Capriglione e Fernando Sato, do Jornalistas Livres.

O tema do debate é resultado do estudo das pesquisadoras Camila Rocha e Esther Solano que desenvolveram uma pesquisa de caráter qualitativo, composta por entrevistas em profundidade com eleitores de Jair Bolsonaro de renda média, que residem na Região Metropolitana de São Paulo, entre os dias 9 e 18 de maio de 2020.

Um ponto destacado pelas pesquisadoras é o de que a grande maioria dos entrevistados vive um sentimento de abandono e desamparo diante da crise sanitária. Entre os apoiadores críticos e os arrependidos, a pesquisa aponta que é frequente a crítica ao comportamento irresponsável e desumano do atual presidente da República, durante a pandemia, ao apoiar manifestações contrariando as medidas de isolamento.


A falta de humanidade de Bolsonaro frente à pandemia é o argumento que aparece com mais força quando os críticos e arrependidos mostram sua decepção com o presidente.

No encontro virtual, o governador Flávio Dino explicitou que nas temáticas em que Bolsonaro se ancorou: dos valores (pátria e família), da corrupção x honestidade e a temática social, em todas elas, houve desmoralização. Para o governador, no campo dos valores, a pandemia revelou sua desumanização diante das dores dos brasileiros; no campo da honestidade, as milícias e a atuação dos seus filhos comprovam uma falácia ideológica e na temática social, a renda básica é, na verdade, uma vitória do campo político da esquerda.

Ao final do debate, o governador finalizou com três ponderações: a primeira é a de que há um movimento em curso, com nuances territoriais e regionais. A segunda, é a de que o que se vive hoje no país é transitório. A terceira ponderação é a de que a frente ampla é transitória. “A frente ampla não é frente eleitoral. Ela é a chave para solução de um impasse bastante agudo que é a manutenção das liberdades, dos direitos e da democracia”, finalizou o governador do Maranhão.

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