“Ele
estava utilizando dois cartões bancários dela, e o CPF para cadastrar números
de aparelhos celulares na conta dele, além do dinheiro que estava usando para
financiar a pré-campanha a vereador de São Luís”, disse o delegado
Em depoimento à equipe da Superintendência
de Homicídios e Proteção à Pessoa (SHPP), o homem de iniciais L.S., teria
confessado participação no crime contra a idosa Fátima Maria Evangelista dos
Santos, de 65 anos, que estava desaparecida, e foi encontrada morte em uma cova
clandestina num cemitério em Paço do Lumiar.
Pré-candidato a vereador de São Luís pelo
Partido Liberal (PL), o suspeito, segundo as investigações, havia sacado R$ 180
mil de duas contas da vítima.
De acordo com o delegado Felipe César, da
SHPP, foi por meio dos saques, iniciados no mês de junho, que a polícia chegou
ao paradeiro do suspeito capturado em um condomínio no bairro do Calhau, em São
Luís.
“Ele estava utilizando dois cartões
bancários dela, e o CPF para cadastrar números de aparelhos celulares na conta
dele, além do dinheiro que estava usando para financiar a pré-campanha a vereador
de São Luís”, pontuou.
Revelou
o comparsa
O pré-candidato a vereador revelou ter sido
procurado pelo segundo suspeito, identificado apenas como Daniel. “Esta segunda
pessoa o procurou, dizendo que uma senhora teria morrido e ele estaria de posse
de toda a documentação dela. Também disse que ela não teria nenhum parente
vivo. Os dois autuados estudaram juntos e se reencontraram nesse período do
crime”, disse o delegado Felipe César.
Daniel também foi preso ontem, mas, segundo
a polícia, não confessou participação no crime. Conforme as investigações, ele
morava próximo à residência da idosa e seria amigo dela.
Segundo
o suspeito, a idosa teria morrido em casa
Sobre a morte da aposentada Fátima Maria
Evangelista dos Santos, L.S. afirmou que já a teria encontrado sem vida, dentro
da casa, e que o amigo voltou a afirmar que a idosa já estaria morta quando ele
também chegou ao local.
“Daniel se identificou até como sobrinho
dela. Como não queria envolver advogado para ficar com o dinheiro, ele ofereceu
a proposta de que o outro suspeito sacasse o valor, lhe desse uma parte e o
restante utilizasse na campanha”, destacou o delegado, ressaltando, ainda, que
grande parte desse dinheiro foi usado na compra de cestas básicas e trabalhos
sociais.
O delegado Felipe César ainda informou que,
um tempo depois da morte da idosa, o pré-candidato a vereador disse que, junto
a Daniel, resolveu levar o corpo para ser enterrado. Eles a levaram enrolada em
uma rede, entregaram aos coveiros e teriam ido embora.
Corpo
encontrado na terça-feira
O corpo de Fátima Maria Evangelista dos
Santos, foi encontrado por uma equipe Superintendência de Homicídios e Proteção
à Pessoa (SHPP), na tarde dessa terça-feira (1º), sepultado em uma cova
clandestina, no cemitério da Maioba, na cidade de Paço do Lumiar.
A Polícia Civil chegou ao local após a
prisão de um dos envolvidos no crime, identificado com as iniciais L.S., em
cumprimento a mandado de prisão temporária pelos crimes de estelionato e furto.
Reconhecido
pelos coveiros
No cemitério, os três coveiros reconheceram
o pré-candidato como sendo o homem que levou o corpo, em um carro HB20 branco,
para ser enterrado no local, no mês de junho. O trio também foi preso e deverá
ser autuado por ocultação de cadáver. Eles teriam recebido R$ 800, para abrir a
cova e enterrá-la no local, conforme a polícia.
A idosa, que morava no Beco da Baronesa, na
região central de São Luís, foi vista pela última vez por vizinhos no dia 10 de
abril, deste ano. Ela morava sozinha e tinha um patrimônio considerável em
dinheiro e imóveis.
“Estamos investigando esse caso há três
meses, quando a família nos procurou e informou que, desde abril, a Fátima
Maria estava desaparecida, e também sobre o início de saques em contas que ela
possuía. A idosa era uma pessoa super independente, não tendo muito contato com
os filhos e outros parentes, mas eles se preocuparam com o lapso temporal sem qualquer
tipo de notícia nem atendimento de telefonemas”, explicou o delegado.
A causa da morte da aposentada só deverá
ser esclarecida com os resultados dos exames feitos pelo Instituto Médico Legal
(IML). “Vamos analisar todo o desenrolar da questão da perícia, para poder
definir o que os dois suspeitos irão responder por completo, porque pode haver
um homicídio. Também tem a possibilidade de um latrocínio, que a tenham matado
para pegar os cartões e dinheiro dela”, destacou o delegado Felipe César, titular
do Departamento de Proteção à Pessoa da SHPP, que presidente o inquérito sobre
o caso.
Com informações do Jornal Pequeno
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