As manifestações "Fora Bolsonaro" deste sábado 3 de julho mobilizaram mais de 800 mil pessoas em 312 cidades do Brasil, além de 35 cidades de 16 países do exterior. Os dados foram divulgados pela Campanha Nacional Fora Bolsonaro.
Segundo a estimativa dos organizadores, os atos levaram às ruas mais pessoas do que as manifestações "Fora Bolsonaro" anteriores, do dia 19 de junho, que mobilizaram cerca de 750 mil pessoas, segundo a Central de Movimentos Populares (CMP).
Segundo o professor Fabio Malini, da Universidade Federal do Espírito Santos (UFES), até às 18 horas deste sabado, a tag #3JForaBolsonaro contabilizou mais de 500 mil postagens no Twitter.
Segundo Malini, a hashtag dominou a rede, em relação à manifestação de 19 de junho, que no mesmo dia tinha presença de 25% de bolsonaristas interagindo com o conteúdo contra 9% no dia de hoje.
As mobilizações, que foram maiores que as do dia 19 de junho, ocorreram em todas as capitais do país desde a manhã até o início da noite e pediam o impeachment de Bolsonaro. Muitas cobranças foram feitas ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).
Na capital paulista, o carro de som reuniu figuras como o ex-ministro Fernando Haddad (PT), o líder do MTST, Guilherme Boulos (PSOL), o deputado federal Orlando Silva (PCdoB), além da presidenta nacional do PT, Gleisi Hoffmann, o presidente nacional do PSOL, Juliano Medeiros, e diversas lideranças de movimentos sociais. Segundo os organizadores, ao menos 100 mil pessoas marcaram presença no ato.
Em Porto Alegre, a multidão ficou estimada em cerca de 70 mil. Em Brasília, Belo Horizonte, Fortaleza e Salvador, manifestantes também lotaram as ruas. Protestos foram registrados em todas as capitais e em diversas cidades do interior.
Rio de Janeiro e Recife mobilizaram milhares pela manhã. Estimativas dos organizadores apontam para 70 mil pessoas presentes na capital carioca e 100 mil na capital pernambucana.
Mais de 300 manifestações pelo Fora Bolsonaro estavam previstas para acontecer no Brasil e no exterior nessa jornada de lutas por vacina, auxílio emergencial de R$ 600 e pelo fim do governo genocida de Bolsonaro. Confira aqui a lista completa.
O deputado federal Marcelo Freixo (PSB-RJ), líder da Minoria na Câmara, disse à jornalista Julia Chaib, da Folha de S. Paulo, que os atos deste 3J foram maiores que os anteriores e pressionam Lira a pautar o impeachment.
As vítimas do genocídio promovido pelo governo diante
da pandemia da Covid-19 foram lembradas nos atos. Familiares e amigos levaram
faixas e cartazes em homenagem àqueles que se foram nesse duro período. Números
atualizados neste sábado apontam para 523.587 mortos, sendo 1.635 óbitos
registrados nas últimas 24h.
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