Rádio Voz do Maranhão

segunda-feira, 12 de julho de 2021

Trabalhador rural é morto a tiros no município de Codó

Um trabalhador rural, identificado como José Francisco de Sousa Araújo, foi morto a tiros nesse domingo (11), no povoado Volta da Palmeira, no município de Codó.

Os suspeitos do crime são dois homens ainda não identificados.

Segundo nota da Federação dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares do Estado do Maranhão (Fetaema), José Francisco era conhecedor dos conflitos agrários na comunidade Vergel, localizada em Codó, e já tinha perdido quatro familiares por causa desses conflitos.

Este foi o quarto assassinato de trabalhadores rurais ou agricultores no Maranhão em apenas um mês.

Confira a nota da FETAEMA

É com revolta que a FETAEMA denuncia mais um assassinato de trabalhador rural no Maranhão. Residente do município de Codó, JOSÉ FRANCISCO DE SOUSA ARAÚJO teve sua vida ceifada neste domingo (11), no Povoado Volta da Palmeira. Ele foi morto a tiros por dois homens.

José Francisco nasceu e se criou no Povoado Vergel e em 2019, em razão de uma tentativa de homicídio por ele sofrida, mudou-se com sua família para a comunidade Volta da Palmeira. Vanu, como era popularmente conhecido, era grande conhecedor dos conflitos agrários na comunidade Vergel, que já vitimou fatalmente 4 de seus parentes.

A Federação acompanha o conflito da comunidade Vergel desde o ano de 2012. Demandamos muitos ofícios e reuniões com as autoridades competentes sobre e as violências contra trabalhadores rurais daquela localidade que, infelizmente, não cessaram.

Acompanhamos assustados a escalada da violência contra trabalhadores rurais, agricultores e agricultoras familiares no Maranhão. Já é o quarto assassinato no estado em apenas um mês.

Quantas vidas a mais precisaremos perder para que sejam tomadas medidas que garantam a segurança dos homens e mulheres residentes da zona rural do Maranhão? Quantas famílias perderão seus entes queridos devido a invasão de terras das comunidades?

Permanecemos ao lado dos homens e mulheres do campo. Cobramos com urgência que as autoridades competentes façam as leis serem cumpridas.

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