Rádio Voz do Maranhão

quarta-feira, 29 de setembro de 2021

Integrantes de facção criminosa que torturaram e mataram jovem com deficiência mental são presos em São José de Ribamar

Nove integrantes de uma facção criminosa foram presos na manhã desta quarta-feira (29), em São José de Ribamar, durante a 'Operação Volta Cessada’, em cumprimento a mandados de prisões preventivas, por envolvimento no assassinado de um jovem com deficiência mental.

Os presos foram identificados pelas iniciais J.R.C.P; R.O.C.; M.F.D.D.S.; B.C.D.; F.C.P.L.; I.L.S.; D.D.S.L.; R.P.D.P.

Eles responderão pelos crimes de homicídio qualificado, tortura, organização criminosa e ocultação de cadáver.

Vianey Chagas foi morto a pedradas em Paço do Lumiar

No dia 23 de julho de 2021, a vítima, Vianey Ailton Chagas, deficiente mental, fugiu da sua residência, localizada no Residencial Novo Horizonte, em Paço do Lumiar-MA, e adentrou uma região dominada por uma facção criminosa.

Vianey Chagas foi submetido a espancamentos e levado a um campo de futebol, no sítio de ‘Seu Carneiro’, situado na Vila Temer, onde foi torturado até a morte.

Após a ação criminosa, o corpo foi despejado em um matagal na Pirâmide, em Paço do Lumiar. A vítima teve a cabeça esfacelada com o uso de pedras.

Após os procedimentos de praxe, os presos serão encaminhados ao Sistema Penitenciário de Pedrinhas, em São Luís, onde permanecerão à disposição da Justiça.

O operação foi realizada pela Polícia Civil do Maranhão, por intermédio da Superintendência de Polícia Civil da Capital (21º DP e  Seccional Norte).

O crime

Vianey Ailton Chagas, que estava desaparecido desde 23 de julho, foi encontrado morto dias depois. Após sumir de casa, ele foi parar na comunidade Vila Temer, em Paço do Lumiar, onde foi executado pelo chefe do tráfico local. Na ocasião, uma pessoa foi presa e outros nove passaram a ser investigados.

Vianey foi encontrado morto com duas pedras, com mais de 5 kg cada e usadas no crime, ao lado do corpo.

A comunidade é dominada por facções criminosas e, de acordo com as investigações, o líder da organização não gostou da presença da vítima, que não era da região, e decidiu executá-la.

O jovem, após morto, foi levado a uma área distante 5 km do local do crime. Vianey só foi reconhecido pelas digitais. Um carro usado para transportar o corpo foi apreendido pela polícia.

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