Homem que matou criança, avó e deixou três mulheres feridas em Brasília é de São João Batista

Suspeito teria praticado o crime por ciúmes da companheira, que está entre as vítimas da agressão.

O homem identificado como Adenilson Santos Costa, de 25 anos, natural do Maranhão, foi preso em Brasília após ter matado um criança de oito anos, a avó dela e ferido outras três mulheres.

O ataque criminoso ocorreu em uma residência na QR 409 de Samambaia, Distrito Federal no sábado (5). A criança, Izadora de Souza Nascimento, não resistiu aos ferimentos e morreu no domingo (6). Duas vítimas foram internadas em estado grave.

O assassino é companheiro de uma das vítimas, Eudicilene de Sousa Barros. Em depoimento, ele afirmou que agiu por ciúmes da mulher. As outras pessoas agredidas no ataque são de uma mesma família, amigas de Eudicilene.

Adenilson relatou que tinha um relacionamento de dois anos com Eudicilene. No sábado, ela saiu para ir até a casa de uma amiga, mas custou a retornar, e ele resolveu ir buscá-la.

A polícia informou que o casal já tinha discutido anteriormente. Ao chegar no local, a dona da casa afirmou que não o deixaria entrar, mas ele forçou o portão e invadiu o imóvel, começando as agressões.

Na delegacia, Adenilson disse que não lembrava de ter ferido outras pessoas. Afirmou que tinha bebido três litros de bebida alcóolica, e que “nunca agrediu fisicamente a companheira. Apenas com palavras”.

A Justiça do Distrito Federal converteu em preventiva – por tempo indeterminado – a prisão de Adenilson Santos Costa, que é natural de São João Batista, região da Baixada Maranhense. A decisão foi tomada em audiência de custódia, na manhã desta segunda-feira (7).

Ao decidir pela prisão preventiva do homem, o juiz considerou o crime como fato grave e afirmou que a liberdade do suspeito poderia prejudicar as investigações.

As vítimas do ataque são:

Eudicilene de Sousa Barros, de 50 anos, companheira do suspeito: teve ferimentos no abdome. Ela foi levada ao HRC pelos bombeiros inconsciente e está internada em estado gravíssimo na UTI;

Adélia Paraguai, 36 anos, mãe da criança: foi levada ao Hospital Regional de Taguatinga (HRT), com perfurações no abdome, no braço esquerdo e escoriações pelo corpo. Ela encontrava-se consciente, orientada e estável.

Ana Paula de Sousa Paraguai, 33 anos, irmã de Adélia: foi transportada pelos bombeiros ao Hospital Regional de Ceilândia (HRC), com uma perfuração no braço direito e escoriações pelo corpo. Ela estava orientada e estável.

Eunice Maria de Sousa, 53 anos, mãe de Adélia e Ana Paula: foi socorrida ao HRT com diversos ferimentos por facadas pelo corpo. Segundo o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), a paciente estava em estado grave, e foi conduzida para o centro cirúrgico.

Ela não resistiu aos ferimentos e morreu na noite desta segunda-feira (7).

Eunice veio do Piauí para Brasília há cerca de três três meses para fazer um tratamento médico.

Izadora de Souza do Nascimento, 8 anos: Foi levada pelos bombeiros ao HRC com perfuração na região inferior do abdome e suspeita de hemorragia interna. A criança não resistiu e morreu no hospital.

Izadora tentou correr ao ver a mãe sendo esfaqueada, mas foi alcançada pelo agressor e atingida com um golpe no tórax.

Prisão preventiva

Na tarde desta segunda, a Justiça converteu em preventiva a prisão de Adenilson. Na audiência, o advogado pediu que ele respondesse em liberdade por ser réu primário, nunca ter sido preso e ter residência fixa. O defensor admitiu que o crime foi grave, mas argumentou que o agressor não tem inimigos e não apresentaria risco à sociedade.

Na decisão, o magistrado lembrou a gravidade do ocorrido. Para o juiz, “a gravidade concreta do fato, como já relatado, indica a periculosidade exacerbada do seu autor e, em consequência, a necessidade da segregação cautelar como única forma de garantia efetiva da ordem pública”.