sexta-feira, 26 de maio de 2023

Justiça nega liberdade a empresária que manteve maranhense por mais de 15 anos em cárcere privado no Piauí

O desembargador Sebastião Ribeiro Martins, do Tribunal de Justiça do Piauí (TJ-PI), decidiu negar, na quinta-feira (25), o habeas corpus solicitado pelo advogado de Francisca Danielly Mesquita Medeiros. A mulher foi presa na terça-feira (23) por manter sua afilhada, de 27 anos, natural de Chapadinha, em situação análoga à escravidão por um período de 15 anos em Teresina.

O pedido de habeas corpus tinha como objetivo a concessão de prisão domiciliar para Francisca Danielly, alegando que ela é a única responsável por dois filhos menores de idade, sendo um deles dentro do espectro autista. No entanto, o desembargador considerou que não foram apresentadas provas suficientes para comprovar essa situação, tendo sido fornecidas apenas as certidões de nascimento e laudos médicos.

A prisão temporária de Francisca Danielly foi efetuada com base em um mandado expedido após investigação da Polícia Civil. A denúncia recebida relatava que a acusada mantinha a jovem em cárcere privado e condições similares à escravidão.

A medida de prisão temporária possuiu um prazo de cinco dias, e a advogada da vítima informou que aguarda a conversão da prisão em preventiva. Além das consequências criminais, Francisca Danielly enfrentará também a Justiça do Trabalho em decorrência das acusações.

Candidata a deputada federal

Francisca Danielly Medeiros é servidora pública, empresária e já foi candidata a deputada federal no Piauí nas eleições de 2018.

Danielly possui 38 anos, é fisioterapeuta e terapeuta ocupacional. Ela foi candidata a deputada pelo Avante, mas não foi eleita.

Em 2020, Danielly foi candidata a vereadora em Teresina. Contudo, ela acabou desistindo da candidatura, como consta no site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

 

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