O assaltante de banco, cargas e matador de
aluguel José Vieira da Cruz, conhecido como ‘Mansidão’, de 59 anos, morreu em
confronto com policiais da Delegacia Regional de Presidente Dutra, nesta
quarta-feira, 9, no município de Sítio Novo, a 645 km de São Luís,
Considerado de alta periculosidade,
‘Mansidão’ era envolvido em vários crimes no Maranhão e em outros estados. Outros dois comparsas do criminoso também foram mortos no confronto. Um deles foi identificado como ‘Nego Francisco’, também
envolvido em vários crimes no estado.
Eles estavam dentro de uma casa e reagiram à ação policial, que tinha o objetivo de cumprir um mandado de prisão expedido pela Justiça contra 'Mansidão'.
Em poder deles, foram
apreendidos dois revólveres calibre .38, um pistola Glock e uma espingarda
calibre .12, além de um veículo Mobi preto, placa QVP-9A32, de Belém, capital do
Pará, que era utilizado nas ações criminosas.
De acordo com as investigações, ‘Mansidão’,
‘Nego Francisco’ e um terceiro homem estavam na cidade para realizar um assalto
à Sicob, um posto de atendimento da Cooperativa de Crédito Rural da Região Sul
do Maranhão (CREDISUL) inaugurado em 2015.
Na operação, a Delegacia Regional de
Presidente Dutra contou com o apoio da Regional de Barra do Corda, Inteligência
da Polícia Civil e Centro Tático Aéreo (CTA). Todo o trabalho de investigação
para localizar ‘Mansidão’ foi feito pela Polícia Civil do estado.
Muitos
crimes
No dia 22 de dezembro de 2008, no município de Barra do Corda, ‘Mansidão’ participou do assassinato do advogado Almir Silva Neto, que tinha 41 anos.
O corpo
do advogado foi encontrado carbonizado no interior do carro dele, um Fiat Uno.
O veículo foi abandonado e incendiado na saída da cidade, na direção de
Presidente Dutra.
Segundo a polícia, o cadáver foi achado por
volta de 1h da madrugada e, embora estivesse carbonizado, os legistas apontaram
que Almir Neto havia sido morto a tiros. Almir era filho de José Freitas da
Silva e de Iolanda Nepomucena Silva, tabeliã e dona do cartório de Barra do
Corda.
Crime
de encomenda
O crime foi elucidado e o autor intelectual,
o empresário Normam Gonçalves de Sá, que contratou ‘Mansidão, foi condenado a
26 anos de prisão pelo Tribunal do Júri de Barra do Corda. Ele
foi preso no dia 7 de julho de 2021, no momento em que estava jantando em um
restaurante em Parnaíba (PI), na frente da filha e do genro.
O empresário chegou a recorrer da sentença,
mas os desembargadores da 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Maranhão
(TJMA) rejeitaram o recurso por unanimidade.
O advogado assassinado estaria tendo um caso
extraconjugal com a esposa do empresário Normam, proprietário de postos de
gasolina na região central do estado. ‘Mansidão’ foi preso em janeiro de 2009,
no município de Governador Eugênio Barros (MA) e transferido para Barra do
Corda.
O criminoso tinha passagens pela polícia por
assassinatos e por assalto a bancos, tendo participado das explosões das
agências do Banco do Brasil de São Domingos e Governador Archer, no Maranhão.
Por esses crimes, ele foi preso e autuado em flagrante, mas ficou na cadeia
pouco menos de 1 mês.
Mansidão era envolvido com assaltos de
cargas e teria um homicídio em São Luís. Ultimamente, de acordo com as
investigações, estaria cometendo crimes de extorsão contra empresários na
região de Barra do Corda.
Ele também suspeito de envolvimento no assassinato recente do advogado Joaquim Avelino Sobrinho Filho, morto a tiros
no dia 15 de junho, na zona rural do município de Gonçalves Dias. Joaquim
Avelino estava chegando em sua chácara em um Corolla, placas PTY-7H91, quando
foi executado.
Joaquim já havia sido preso por participaçãoa um assalto a uma agência do Banco do Brasil na cidade de Dom Pedro.
Ex-funcionário do banco, em Gonçalves Dias, Joaquim teria passado informações
para os assaltantes que explodiram e roubaram a agência de Dom Pedro, o que resultou
em sua prisão em 2018.
No assalto, os ladrões trocaram tiros com
policiais e fuzilaram a delegacia e o quartel da Polícia Militar da cidade.
Eles fugiram em um caminhão que usaram para bloquear a BR-135 e espalharam
vários ferros na via para dificultar a perseguição policial.
Um dos mortos no confronto dessa quarta-feira
em Sítio Novo, identificado como “Nego Francisco”, também estaria envolvido,
junto com Mansidão, na execução do advogado em Gonçalves Dias.
Como Mansidão estava com ordem de prisão, a
Polícia Civil montou a operação para prendê-lo.
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