Após
Denúncia do Ministério Público do Maranhão (MPMA), a Justiça condenou, em 11 de
outubro, o ex-deputado estadual Soliney de Sousa e Silva a cinco anos e cinco
meses de reclusão em regime semiaberto devido ao crime de peculato. A pena deve
ser cumprida na Casa do Albergado, em São Luís.
Além
do pagamento de 21 dias-multa, Silva, que também foi prefeito no município de
Coelho Neto (a 367 km da capital maranhense), teve direitos políticos suspensos
durante o tempo da pena.
Soliney
foi condenado por peculato. Uma lavradora, que trabalhou como empregada
doméstica na casa do ex-parlamentar em Coelho Neto, constava na lista de funcionários
do gabinete dele, na Assembleia Legislativa do Estado do Maranhão (Alema), mas
ela nunca trabalhou no órgão legislativo e nem recebeu nenhum pagamento.
A
sentença, da juíza Patrícia Marques Barbosa, acolheu Denúncia, oferecida em
junho de 2020, pela 29ª Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público e
da Probidade Administrativa de São Luís, que, à época, tinha como titular João
Leonardo Sousa Pires Leal.
Na
denúncia, o membro do Ministério Público ressaltou que “a nomeação para o cargo
público foi criminosa, intencionalmente efetuada sem que a mesma tivesse
qualificação e conhecimento, visando apenas proveito econômico indevido para o
denunciado, que mantinha com a vítima relação de emprego doméstico em sua
residência do município de Coelho Neto”.
Entenda
o caso
Antes
da denúncia, em outubro de 2018, o MPMA ajuizou Ação Civil Pública por ato de
improbidade administrativa contra Soliney Silva. A lavradora, que trabalhou
como empregada doméstica na casa do ex-parlamentar em Coelho Neto, verificou
que o nome dela estava na lista de funcionários do gabinete de Silva, na
Assembleia Legislativa do Estado do Maranhão (Alema).
A
trabalhadora rural nunca trabalhou no órgão legislativo e nem recebeu nenhum
pagamento.
Durante
as apurações, o Ministério Público teve acesso ao prontuário, ato de nomeação e
fichas funcional e financeira da suposta servidora pública.
Os
documentos demonstraram que ela teria sido nomeada para cargo em comissão de
técnica parlamentar especial, no gabinete do ex-deputado, entre 7 de abril de
2004 a 1° de março de 2007. No período de 35 meses, foi pago o total de R$
378.026,00, descrito nas planilhas financeiras e usufruído por outros e sem que
o serviço público tenha sido prestado.
O
MPMA solicitou a Soliney Silva informações sobre os fatos, mas ele não foi
localizado em Coelho Neto, nas três vezes que foi procurado na residência dele.
“Até
prova em contrário, conclui-se que a senhora foi indevidamente nomeada para
cargo público comissionado no gabinete do ex-deputado, já que ela não teve
ciência do fato e possui precário grau de instrução escolar da mesma”,
ressaltou o representante do MPMA.
Prejuízos
Segundo
a trabalhadora rural, ela foi surpreendida pela informação de sua nomeação para
o cargo comissionado na Alema, em São Luís, o que está prejudicando a
aposentadoria dela.
De
acordo com o promotor de justiça Leonardo Leal Pires, Soliney Silva não atendeu
à legislação e exerceu suas obrigações, ofendendo o princípio da moralidade da
Administração Pública.
Ainda
segundo o representante do MPMA, o poder discricionário dado ao ex-deputado
estadual para indicar assessores para auxiliá-lo no exercício da função
parlamentar foi desvirtuado. Segundo o MP, ele teria utilizado o poder,
exclusivamente m, em benefício próprio, não houve prestação dos serviços, mas
ocorreu pagamento dos mesmos.
“Verifico que os fatos ali narrados
compreendem período mais abrangente, de 1999 a 2007, bem ainda a ocorrência de
crimes diversos como falsificação de documento público, falsidade ideológica, e
lavagem de dinheiro”, afirma a magistrada na sentença.
Meu pai, que loucura... Jamais na estória do Brasil um político havia feito isso; nomear funcionário fantasma em seus gabinetes. Estou perplexo.
ResponderExcluirNão acredito nisso, funcionário fantasma, rachadinhas, essas coisas não existem!
ResponderExcluirÉ tão certo que o homem é inocente, que foi eleito Prefeito depois da Acusação. N
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