Faleceu
no início da tarde deste domingo, 8, em Brasília (DF), onde lutava contra um
câncer de estômago, o jornalista Antônio Carlos Gomes Lima (Pipoca), de 66
anos.
Membro
da Academia Maranhense de Letras (AML), Antônio Carlos foi secretário de
Comunicação nos governos de Edison Lobão e Roseana Sarney.
Irmão
do jornalista, o empresário Félix Alberto Gomes Lima, proprietário da Clara
Comunicação, e que se encontra em Brasília, disse que está sendo providenciado
o traslado do corpo para São Luís.
O
velório acontecerá na Academia Maranhense de Letras, onde ele ocupava a cadeira
07 desde 27 de outubro de 2011.
Biografia
Antônio
Carlos Gomes Lima nasceu em São Raimundo das Mangabeiras-MA, a 5 de dezembro de
1956. Filho de Eurípedes Correia Lima e Saturnina (Cely) Gomes Lima. Viveu
parte da infância em Floriano (PI), e a adolescência, em Barra do Corda-MA,
onde estudou no Colégio Nossa Senhora de Fátima, fundado e mantido por frades
capuchinhos italianos instalados no município desde o final do século XIX. Com
um grupo de colegas do ginásio, fundou e editou, durante dois anos, o jornal
mimeografado O Pássaro.
Em
São Luís, bacharelou-se em Comunicação Social pela Universidade Federal do
Maranhão (1982). Foi redator do jornal alternativo A Ilha, repórter e
coordenador de jornalismo de diversos outros veículos de comunicação de São
Luís (O Estado do Maranhão, Jornal de Hoje, Rádio e TV Difusora-Rede Globo) e
correspondente de veículos de outros Estados.
Diretor
de Redação do jornal O Estado do Maranhão (1983-91), à frente do qual realizou
importante reforma gráfica e editorial, que se destacou pela valorização das
artes e da cultura.
Pela publicação da reportagem Cuba, Dez Dias na ilha que Abalou as Américas, publicada n’O Estado do Maranhão, em agosto de 1988, resultado de viagem àquele país, foi agraciado com o Prêmio Fenaj de Jornalismo, conferido pela Federação Nacional de Jornalismo. O júri da premiação era integrado por Carlos Castello Branco, Otávio Frias Filho, Zuenir Ventura, Joel Silveira e outros consagrados jornalistas brasileiros.
Exerceu,
em três administrações governamentais, o cargo de Secretário de Estado de
Comunicação Social do Maranhão, à frente do qual ofereceu importante
contribuição à cultura maranhense.
Entre
2004 e 2005 dirigiu o Centro de Estudos Brasileiros (CEB), organismo da
Embaixada do Brasil em Santiago do Chile, onde desenvolveu importante trabalho
de promoção cultural de seu país. No campo editorial, entre outras iniciativas,
promoveu edição especial de Los Estatutos del hombre, de Thiago de Mello, com
tradução de Pablo Neruda, no marco das homenagens do CEB ao poeta amazonense,
seu primeiro diretor, no início dos anos 60. Organizou, escreveu o prólogo e
promoveu, junto à Universidade de Santiago do Chile (Usach), a edição de
Sousândrade; um canto brasileiro de amor a Chile.
Foi
agraciado com a medalhas do Mérito Mauá, do Ministério dos Transportes
(1989). Do Governo do Maranhão recebeu
(1984), a comenda da Ordem do Mérito Timbira, no grau de Grande Oficial, e, em
dezembro de 2013, a medalha de Comendador do 4o Centenário da Fundação da
Cidade de São Luís. Em outubro de 2009, foi o Homenageado Especial do 6o
Congresso de Jornalistas e Radialistas do Maranhão, em reconhecimento à grande
contribuição prestada na Comunicação para a sociedade maranhense do seu tempo.
É Cidadão Honorário de Barra do Corda e membro da Academia Barracordense de
Letras.
Tem
trabalhos publicados nos livros Cadernos de Jornalismo (Fenaj-1988), Maranhão
Reportagem (São Luís: Clara Editora, 2003). Publicou os livros Além da Ilha,
seleta de artigos, reportagens e entrevistas (Clara Editora, 2004) e São Luís,
azulejos e poesia, destinado ao público infanto-juvenil (São Paulo: Cortez,
2007).
Não conhecia, serviu aos Sarneys, judiou do povo. Que Deus proteja.
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