Um
homem acusado de sequestrar a própria filha foi preso, nesta terça-feira (7),
em Pedro Juan Caballero, cidade Paraguaia na fronteira com o Brasil. A prisão
foi resultado de uma operação conjunta entre a Polícia Civil do Maranhão e a
Polícia Federal.
O
suspeito estava foragido desde 30 de setembro, quando levou a criança para um
local desconhecido. Após investigação, ele foi localizado na cidade de Ponta
Porã, no Mato Grosso do Sul.
Durante
a tentativa de prisão, o homem fugiu e cruzou a fronteira com o Paraguai. Ele
foi encontrado por volta do meio-dia com apoio da Polícia Nacional Paraguaia e
da adidância da Polícia Federal no país vizinho.
A
criança foi localizada junto com o pai e está sob custódia das autoridades
paraguaias. A previsão é que ambos sejam deportados para o Brasil nas próximas
horas e entregues à Polícia Federal.
A
mãe da menina, que tem a guarda unilateral, deve viajar até o Mato Grosso do
Sul para reencontrar a filha.
Relembre
o caso
A
Polícia Civil do Maranhão investiga o desaparecimento de Diody Maicon Costa e
sua filha, uma bebê de pouco mais de um ano, em São Luís. Eles sumiram no dia
30 de setembro, após o pai sair para passear com a criança e não retornar.
Segundo
a mãe da menina, Daniele Costa Ferreira, o ex-companheiro foi até sua casa pela
manhã, pediu o carro emprestado e disse que levaria a filha para consertar um
notebook no bairro Maiobão, em Paço do Lumiar, na Região Metropolitana de São
Luís.
Durante
o dia, Daniele enviou várias mensagens ao pai da criança, perguntando sobre a
situação da filha. Ele respondeu algumas vezes, mas não voltou com a menina
para casa no fim do dia.
A
mãe começou a suspeitar que o homem havia fugido com a criança ao perceber que
a certidão de nascimento da filha havia sumido da residência. Ela conseguiu
falar com Diody, que afirmou estar em outro continente com a menina.
Após
o desaparecimento, Diody publicou um vídeo nas redes sociais mostrando a filha
dormindo ao seu lado. No vídeo, ele afirma que tem direito de permanecer com a
criança, que os dois estão em um país regido por leis islâmicas e que não
pretende voltar ao Brasil.
"Ela
é minha filha, inclusive está aqui, acabou de almoçar, brincou um pouquinho,
está no soninho da tarde dela. Eu estou em um outro continente, sou um cidadão
desse país, tanto eu, quanto ela, e aqui é movido sobre as leis islâmicas.
Então, se ela quiser resolver na justiça a guarda da menina, sobre as leis que
eu estou, só ela vir. Brasil nunca mais", disse o pai.
O
casal está separado há algum tempo e, segundo a mãe, mantinha uma relação
conturbada. O caso está sendo acompanhado pela Delegacia Especial de São José
de Ribamar, que ouve familiares e realiza buscas pelo pai e pela criança.
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