Rádio Voz do Maranhão

sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

INDEFINIÇÃO E CRÍTICAS A SARNEY MARCAM RETA FINAL PELA PRESIDÊNCIA DO SENADO


Além de duras críticas dos senadores Pedro Simon (PMDB-RS) e Aloísio Mercadante (PT-SP) pelo seu posicionamento contra a entrada da Venezuela no Mercosul, o senador José Sarney ainda perdeu, nesta sexta-feira (30), o apoio do PSDB, que se juntou ao PDT, PSB, PSOL, PRB e PC do B em favor da candidatura do senador petista, Tião Viana (AC). O cenário é de indefinição.

Sarney se diz 'perplexo' em entrevista ao jornalista Jauro Jardim sobre a posição do PSDB. Viana declarou à imprensa estar 'magoado e decepcionado' pela forma como o senador Sarney conduziu sua candidatura pela presidência do Senado. O senador peemedebista negou diversas vezes ser candidato, inclusive para o próprio senador do Acre.

Na semana passada, o PDT decidiu pelo apoio a Tião Viana na reunião da Executiva Nacional do partido, em Brasília. Na ocasião, o posicionamento do governador do Maranhão, Jackson Lago, foi determinante para a escolha. Ele defendeu, durante o encontro, "que o PDT não poderia, em respeito à democracia, apoiar um remanescente da ditadura e ferir os ideais do PDT e a memória do ex-governador Leonel Brizola".

Contraponto - Na última quinta-feira (29), enquanto Jackson Lago intensificava contatos com a Venezuela, durante o Fórum Social Mundial, realizado no Pará, o senador Pedro Simon (PMDB-RS) criticava a sinalização de Sarney em dificultar o ingresso daquele país no Mercosul e colocar tal questão em negociação para conseguir a presidência.

Segundo matéria produzida pela Folhaonline, para Simon, a atitude de Sarney é 'equivocada' e pode transformar o país vizinho em 'inimigo'.

O governador do Maranhão defendeu a integração entre os povos para o enfrentamento da crise financeira internacional e o desenvolvimento social. Mais de 1200 representantes do Movimento Sem Terra (MST) e Via Campesina participaram do ato. Juntos na mesa, Lago ao lado do presidente da Venezuela, Hugo Chavez, do Equador, Rafael Correa, do Paraguai, Fernando Lugo, e Evo Morales, da Bolívia, além do presidente nacional do MST, João Pedro Stédile.

Os governos da Argentina, Uruguai e Paraguai já aprovaram a participação da Venezuela no bloco. O ingresso já recebeu o aval da Câmara Federal, mas a permissão ao país de Hugo Chávez depende agora do Senado e o Brasil pode ter problemas se excluir a Venezuela.

A decisão do PSDB de apoiar Tião Viana enfraqueceu a candidatura de Sarney à presidência do Senado. O petista comemorou a a desão dos tucanos. Pelos cálculos, ele conseguirá chegar a 49 votos, dos 81 senadores da Casa. Tião, por enquanto, dispõe de 38 votos. Mas conta com novas adesões nos próximos dias. "Tenho 38 votos e posso chegar a 49 na segunda-feira (02). O PSDB foi decisivo e marca a história do legislativo na busca pela independência", afirmou o petista.

Segundo o blog do Josias, o PSDB anunciou que a bancada de 13 senadores vai apoiar a candidatura do petista. O líder do partido tucano no Senado, Arthur Virgílio (AM), comunicou a decisão a Tião, que agora conta com apoio do PT, PSB, PSDB, PDT, PSOL, PRB e PC do B.

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