Alex Rodrigues
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), disse hoje (13) estar aguardando pela nomeação oficial do novo procurador-geral da República, Roberto Monteiro Gurgel, para entregar à Procuradoria Geral da República (PGR) o ofício autorizando a instituição a requerer a bancos estrangeiros informações sobre existência de supostas contas mantidas em seu nome, no exterior.
No último sábado (11), a assessoria de imprensa da Presidência do Senado divulgou que Sarney entregaria o ofício à PGR hoje. No documento, o senador vai conceder as permissões previstas nas leis brasileiras e de quaisquer países para que a Procuradoria possa “requisitar junto às instituições financeiras internacionais informações sobre contas bancárias, bem como valores, ações, depósitos, investimentos, propriedades e qualquer tipo de movimentação financeira em qualquer moeda e de qualquer valor que tenha ou tenha tido em qualquer época no exterior”. A medida foi anunciada após a revista Vejadivulgar, esta semana, que Sarney teria mantido, entre 1999 e 2001, conta no exterior não declarada à Receita Federal.
Ao deixar o Congresso, há pouco, Sarney disse a jornalistas que os servidores que tenham sido nomeados para cargos no Senado por meio de atos administrativos secretos e que ainda estejam trabalhando terão que deixar os postos tão logo seu ato, anulando as decisões anteriores, seja publicado. Sarney anulou hoje os 663 atos secretos, mas uma comissão de consultores legislativos terá 30 dias para avaliar, caso a caso, “as consequências jurídicas da anulação de cada ato” e o que fazer.
O ato assinado hoje por Sarney determina que a Diretoria Geral do Senado deve apresentarem 30 dias, à Comissão Diretora, um relatório com as providências necessárias ao cumprimento da decisão, bem como o “integral ressarcimento aos cofres públicos dos recursos eventualmente pagos de forma indevida”
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