Cheia de encantos mil
Cidade maravilhosa
Coração do meu Brasil
Cidade maravilhosa
Cheia de encantos mil
Cidade maravilhosa
Coração do meu Brasil
Berço do samba e das lindas canções
Que vivem n'alma da gente
És o altar dos nossos corações
Que cantam alegremente
Jardim florido de amor e saudade
Terra que a todos seduz
Que Deus te cubra de felicidade
Ninho de sonho e de luz
(Compositor: André Filho)

A cidade do Rio de Janeiro, cantada e decantada por muitos, já não é maravilhosa. A guerra civil ali instalada há décadas, transformou-a em uma das cidades mais perigosas para se viver. Os traficantes, mais armados que a própria polícia, nem tomam conhecimento das ações repressivas ao tráfico de drogas. Por mais que a polícia consiga vitórias pontuais nas incursões diárias, os criminosos continuam mostrando que ainda têm o domínio de vários pontos da cidade.

Qual a antídoto para essa avalanche de violência? Certamente a presença mais efetiva do Estado, não só como forças policiais, mas, acima de tudo, com atendimento às necessidades básicas de quem vive nos morros. O tráfico só avança em áreas onde o Estado é ausente. Geralmente os traficantes, “autoridades” nessas áreas, contam com o conluio da população por serem prestadores de serviços básicos à comunidade. Por que crianças e jovens são facilmente aliciados para o tráfico? Porque forma esquecidas pelo Estado, que não lhes ofereceu educação em tempo integral, que lhes negou cidadania. As próprias autoridades do Rio de Janeiro têm exemplos do Morro Dona Marta e da Mangueira, onde o investimento em políticas sociais ajudou a mudar a realidade dessas comunidades.

Com o Estado presente, com segurança e ações de valorização e de melhoria de vida das pessoas, o tráfico vem perdendo espaço. Se boa parte do dinheiro que some no ralo da corrupção fosse destinada a promover cidadania, nossas grandes cidades não estariam vivendo o drama dessa violência desenfreada.
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