A população de São Luís amanhece sem transporte coletivo. No segundo dia da greve dos rodoviários, esperava-se que 80% da frota entrassem em circulação, conforme determinação judicial. Os trabalhadores, atendendo ao apelo do Sindicato da categoria, dirigiram-se para as empresas. No entanto, os rodoviários se depararam com a determinação dos empresários de os ônibus não deixarem as garagens.
No noite de ontem, empresários e rodoviários participaram de uma audiência de conciliação no Tribunal Regional do Trabalho, na Areinha, mas não chegaram a um consenso. Os trabalhadores reivindicam 14% de aumento, mas o empresários só oferecem 3%. O Ministério Público do Trabalho sugeriu um aumento de 6% aos motoristas e 8% aos cobradores, o que não foi aceito pelos empresários. Com o impasse, ficou definido que a greve continuaria, mas 80% da frota entraria em circulação nesta terça-feira, conforme determinação judicial.
Os empresários, temendo danos ao patrimônio, decidiram não colocar parte da frota em circulação. A multa estipulada ao Sindicato dos Rodoviários é de R$ 50 mil por dia de paralisação. Como são os empresários que estão obstruindo a circulação da frota, essa multa deve ser dividida entre os sindicatos.
Está prevista para as 16h de hoje, na sede do TRT, mais uma audiência de conciliação para tentar por fim à greve.
Dezenas de motoristas e cobradores permanecem de prontidão nas portas das empresas, como mostram as fotos de trabalhadores na empresa Menino Jesus de Praga, no Jardim São Cristóvão.
Os terminais de integração estão completamente vazios. Por conta da falta de ônibus, com o aumento da frota de veículos particulares em circulação, são registrados engarrafamentos em diversos pontos da cidade.
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