Rádio Voz do Maranhão

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Juiz Vicente de Castro pode decretar hoje prisão de líderes da greve da PM maranhense

Gilberto Lima
Com informações do Jornal do Brasil online

O pedido de prisão dos líderes do movimento de paralisação de militares e bombeiros foi encaminhado por meio de uma representação ao Ministério Público Militar do Estado pelo subcomandante da PM no Estado, coronel Edilson Moraes Gomes, que conduziu um inquérito sobre a paralisação.

A promotora de Justiça Militar Maria do Socorro Assunção Gomes, que recebeu a representação, disse por meio da assessoria de imprensa do Ministério Público, que irá analisar tecnicamente o pedido e apresentar um parecer na próxima segunda-feira (28).

O juiz Vicente de Castro, corregedor de Justiça Militar, disse, na manhã de hoje, que a decisão de determinar, ou não, a prisão dos líderes do movimento, será dele, mas que aguarda, ainda, a manifestação do Ministério Público. “Mesmo que as prisões sejam decretadas, temos que aguardar o prazo para recursos. Não havendo recursos, os mandados de prisão, se for o caso, devem ser cumpridos”, disse o juiz.

Os pedidos de prisão são para quatro líderes do movimento: os coronéis Melo e Ivaldo Barbosa; o 3º sargento Da Hora; e o cabo Roberto Campos.

Policiais militares e bombeiros em greve mantêm, pelo segundo dia, um acampamento dentro da Assembleia Legislativa do Estado. Familiares dos grevistas passaram a noite no local.

Durante a noite, os grevistas atravessaram os carros particulares no acesso ao prédio da Assembleia, visando barrar uma eventual tentativa de desocupação do local.

Desde ontem, policiais da Força Nacional de Segurança estão fazendo o policiamento ostensivo nas ruas da capital e das principais cidades do interior.

O Secretário de Segurança, Aluísio Mendes, confirmou, na manhã desta sexta-feira(25), que o exército assumiu o controle das operações de segurança na capital e em cidades do interior do Estado.

Na manhã de hoje, o governo propôs que os militares e bombeiros suspendesse o movimento, com objetivo de abrir um canal de negociação. Em Assembleia geral, os grevistas decidiram pela continuidade do movimento. Dizem que só vão sair da Assembleia quando obtiverem uma proposta de reajuste.

Os PMs e bombeiros reivindicam reajuste salarial de 30%. O piso da categoria é pouco mais de R$ 2.000. O governo disse que está estudando um reajuste para todo o funcionalismo, mas o projeto ainda deve ser encaminhado ao Legislativo.

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