sexta-feira, 27 de abril de 2012

Delegacia de Investigações Criminais assume comando da apuração do assassinato do jornalista Décio Sá


Aluísio Mendes não acredita na volta da pistolagem ao Maranhão
Secretaria de Segurança decreta sigilo total nas investigações do assassinato de Décio Sá

O Secretário de Segurança Pública do Maranhão, Aluísio Mendes, em entrevista coletiva, na manhã desta sexta-feira, informou que as investigações do assassinato do jornalista Décio Sá vão sair da SEIC para a Delegacia de Investigações Criminais, além de determinar o sigilo total nos trabalhos da polícia.

Questionado sobre o recrudescimento do crime organizado no Maranhão, Aluísio disse que não acredita nisso, pois se trata de um crime de encomenda. “Dizer que o crime organizado está de volta ao Maranhão é leviandade. Esse tipo de crime acontece, há muito tempo, no Nordeste brasileiro. A maioria dos homicídios tem sido por causa do tráfico de drogas", afirmou o secretário.

Mendes acredita que o crime foi meticulosamente planejado e que, com certeza, os executores já vinham acompanhando a rotina do jornalista que costumava freqüentar o bar onde ele foi executado.

Sobre a decretação do sigilo total nas investigações, Aluísio disse que há essa necessidade pois têm sido divulgadas informações desencontradas sobre a apuração dos fatos. “A pessoa que matou é um arquivo-vivo e quanto mais perto nós chegarmos dela, mais preocupa os mandantes. Por isso, a necessidade de sigilo das investigações”, acrescentou.

O secretário aproveitou para solicitar que as testemunhas que se encontravam no bar, no momento da execução o jornalista Décio Sá, apareçam para passar mais informações que possam ajudar na identificação do autor dos disparos. "É importante o depoimento dessas pessoas. Nós garantimos o total sigilo das identidades. Elas são importantes para esse trabalho da polícia", diz Aluísio.


Indagado sobre o resultado da perícia nas cápsulas deflagradas, Aluísio Mendes afirmou que são munições de quatro lotes diferentes. "Temos quatro lotes identificados, que podemos saber para quem foram vendidos, mas existem duas munições sem lotes identificados. Quem fez isso foi um profissional, pois sabia o que estava fazendo. Misturando munições de lotes diferentes dificulta o trabalho de identificação dos compradores", disse o secretário.

Segundo o secretário, a Justiça já decretou a prisão preventiva, por 30 dias, dos suspeitos que estão sendo ouvidos pela equipe responsável pela investigação do crime. Cerca de 50 homens da segurança pública do Maranhão estão envolvidos nos trabalhos de investigação, que conta também com o apoio da Polícia Federal, principalmente nas perícias. “Toda a polícia está focada na elucidação desse crime e na prisão do executor e do mandante”, afirmou Aluísio Mendes.

Ao final da entrevista coletiva, foi distribuída uma cópia da portaria que determina o sigilo total nas investigações com os motivos que levaram a essa decisão.

Nenhum comentário:

Postar um comentário