DE BRASÍLIA
O governo decidiu criar um comitê de
acompanhamento dos casos de violência contra jornalistas depois de uma reunião
realizada ontem entre a ministra Maria do Rosário (Direitos Humanos) e
entidades que representam empresas de comunicação e profissionais da área.
Chamado de "observatório", o
comitê será coordenado pela secretaria e terá participação das entidades. O
objetivo é centralizar as informações e levantar estatísticas sobre os casos de
violência.
"Esse problema é extremamente
grave, porque envolve não apenas a integridade física dos jornalistas e o
direito do exercício da profissão, mas também o direito do conjunto da
sociedade, que é a liberdade de expressão e o acesso à informação",
afirmou o presidente da ABI (Associação Brasileira de Imprensa), Maurício
Azêdo.
Também participaram da audiência o
diretor-executivo da ANJ (Associação Nacional de Jornais), Ricardo Pedreira; o
vice-presidente da Fenaj (Federação Nacional dos Jornalistas), Celso Schroeder;
e o presidente da Altercom (Associação Brasileira de Empresas e Empreendedores
da Comunicação), Renato Rovai, que representa os blogueiros.
Ontem, a ANJ e outras associações de
Imprensa da América do Sul divulgaram um alerta sobre a violência contra
jornalistas, a Declaração de Santiago. O texto destaca que "os 29
jornalistas assassinados" na região em 2011 --entre os quais quatro
brasileiros-- somam "um terço do total mundial".
No Brasil, só em 2012 foram mortos
quatro jornalistas.
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