Rádio Voz do Maranhão

terça-feira, 8 de maio de 2012

FOGO AMIGO: deputado Raimundo Cutrim diz que o sistema de segurança não tem credibilidade


O deputado Raimundo Cutrim (DEM), ex-secretário de segurança do Maranhão, criticou duramente, na manhã desta terça-feira, o sistema de segurança do Estado. Os petardos dirigidos ao secretário Aluísio Mendes foram disparados no programa “Bastidores da Capital”, apresentado pelo radialista Ivison Lima, na Rádio Capital AM.

Segundo o deputado, pertencente à base do governo na Assembleia, o sistema de segurança ficou desmoralizado depois da divulgação dos depoimentos de três testemunhas do assassinato do jornalista Décio Sá. “Esse sistema de segurança não tem nenhuma credibilidade, por isso a situação é crítica. Em 98, quando fui secretário, tínhamos pouco mais de 80 delegados, hoje são mais de 300. Àquela época, o efeito da Polícia Militar era de aproximadamente 5 mil homens, hoje são aproximadamente 7 mil. O que está faltando é trabalhar preventivamente”, disse Cutrim.

O ex-secretário aproveitou para criticar a decretação de sigilo nas investigações. “A secretaria não tem poderes para decretar sigilo em investigações. Isso é de competência do Poder Judiciário. A natureza do inquérito, por si só, já é sigilosa”, acrescentou.

Sobre o assassinato do jornalista Décio Sá, Cutrim não acredita que tenha sido um crime bem planejado, como dissera o secretário Aluísio Mendes. O parlamentar acredita que tudo foi arquiteto no mesmo dia da execução. “Não vejo ninguém, no Maranhão e no Nordeste, com estrutura de pistolagem para seguir alguém por quinze dias. A decisão de executar o jornalista foi tomada no mesmo dia”, afirma Cutrim.

Para ele, o assassinato do jornalista foi uma afronta à sociedade maranhense e volta a afirmar que a situação da segurança pública é grave, pois existem diversos crimes de encomenda que não foram elucidados. Como exemplo, cita uma execução recente de uma pessoa no município de Tuntum, quando a mesma se encontrava em um balneário, em plena luz do dia, por volta das 17h. Para Cutrim, esse foi mais um crime de encomenda e que a segurança pública precisa dar respostas urgentes.

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