quarta-feira, 4 de julho de 2012

Detalhes da reconstituição do assassinato de Décio Sá


A covardia e frieza do pistoleiro de aluguel Jhonathan Silva

A Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP) realizou durante a noite de terça-feira (3), a reconstituição da morte do jornalista e blogueiro Décio Sá. A ação se iniciou por volta das 15h30 na Avenida Ana Jansen, em frente ao prédio do Sistema Mirante no bairro do São Francisco e se estendeu até o Retorno da Cohama, às 22h30
.
Participaram da reconstituição aproximadamente 70 agentes das forças de segurança, entre profissionais da Delegacia Geral da Polícia Civil, da Superintendência de Investigação Criminal (Seic), das superintendências da Capital (SPCC) e do Interior (SPCI), do Grupo de Resposta Tática (GRT), do Comando de Operações Especiais (COE) do Batalhão de Choque da Polícia Militar, Peritos Criminais e policiais do Grupo Tático Aéreo (GTA). 

Acompanharam ainda as ações, a delegada geral e o subdelegado geral da Polícia Civil do Maranhão, Maria Cristina de Meneses e Marcos Affonso Júnior, além da comissão oficial composta por seis delegados responsáveis pelas investigações sobre o caso. O Corpo de Bombeiros Militar do Maranhão (CBMMA) e a Secretaria Municipal de Trânsito e Transporte (SMTT) deram suporte durante todo o período dos trabalhos.

Jhonatan de Sousa Silva, de 24 anos, o executor do jornalista, segundo as investigações, participou de toda a reconstituição do crime. Ele refez, ao lado dos policiais e peritos, todos os passos e ações realizadas no dia do crime.

A remontagem das cenas e as circunstâncias que envolveram os momentos preliminares do ato delituoso, a ação criminosa que vitimou o jornalista bem como a fuga do executor foram examinadas minuciosamente pelos peritos criminais da Superintendência de Polícia Técnica Cientifica (SPTC).

“Não existem dúvidas sobre a autoria do crime. A reconstituição serve como prova complementar cabal àquelas já apuradas durante as investigações. É a materialização das circunstâncias do crime que se somam às evidências testemunhais e materiais já colhidos pela Polícia”, disse a delegada geral, Maria Cristina.


Reconstituição

A reconstituição se iniciou em frente ao Sistema Mirante, seguiu até um quiosque na Praia da Ponta d’Areia, onde Jonathan teria se encontrado com seu comparsa, e se estendeu até o sítio de José Raimundo Sales Chaves Júnior, o “Júnior Bolinha”, de 38 anos, um dos suspeitos de ser mandante do crime, localizado na Rua 6, Residencial Verde Mar, no Bairro Pirâmide-Raposa.

De lá, os policiais retornaram para o Sistema Mirante e deram prosseguimento aos trabalhos, percorrendo todo o trajeto apontado pelo matador até o local do crime no bar Estrela do Mar, na Avenida Litorânea, posteriormente às dunas da praia por onde ele se evadiu e, por fim, até o retorno da Cohama onde, segundo relatado em depoimento, Jonathan teria solicitado a corrida de um táxi com destino a um sítio no povoado Miritiua.

O subdelegado geral Marcos Affonso comentou que a encenação do crime serve também para determinar o tempo gasto para execução, a distância, a localidade exata da ação e o percurso percorrido por Jhonatan até o momento do homicídio e sua consequente fuga do local. 

O relatório contendo a conclusão da reconstituição, emitido pelo Instituto de Criminalística do Maranhão (Icrim), será anexado junto ao inquérito policial, que depois de concluído, deverá ser encaminhado ao Poder Judiciário.  

O matador esboçou sorrisos em vários momentos da reconstituição, mostrando frieza e desprezo pela vida
Prisão

Jhonatan de Sousa Silva, executor confesso do jornalista Décio Sá, foi preso no dia 5 de junho em uma residência na Rua General Artur Carvalho, no Bairro do Turu, durante investigações da Seic. Portava 10 quilos de crack prontos para serem distribuídos e comercializados, além de duas armas, sendo uma escopeta calibre 12 e uma pistola ponto 40, e outros materiais.

Ele é natural da cidade de Xinguara, no Pará, e responsável pela autoria de pelo menos outros 20 crimes. O criminoso responde, também, por tráfico de drogas, associação ao tráfico e porte ilegal de arma de uso restrito.

Foram presos na Operação Detonando, além de Jhonatan de Sousa Silva; José de Alencar Miranda Carvalho, 72; Gláucio Alencar Pontes Carvalho, 34, filho de José de Alencar; Airton Martins Monroe, 24; José Raimundo Sales Chaves Júnior, o “Júnior Bolinha”, 38 anos; Fábio Aurélio do Lago e Silva, o “Buchecha”, 32 anos; e o capitão da Polícia Militar Fábio Aurélio Saraiva Silva.

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