segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Comerciante atingida por bala perdida volta ao trabalho, mas deve fazer cirurgia

Gilberto Lima

Ainda em recuperação do susto, a comerciante Maria das Graças Meireles Pacheco, vítima de uma bala perdida, aos poucos retoma a rotina, na sua pequena papelaria nas proximidades do Hospital Universitário Presidente Dutra, no Centro de São Luís.

Maria e a amiga Marizete do Socorro, residente na Liberdade, foram atingidas por tiros no dia 31 de dezembro, quando retornavam da Igreja dos Remédios.  Elas deram de cara com um tiroteio entre dois assaltantes e o proprietário de uma moto. As duas amigas se esconderam atrás de alguns veículos, mas terminaram sendo atingidas.

Visitada pela reportagem do blog, no seu ambiente de trabalho, Maria das Graças diz que sente muitas dores na perna e um peso na região atingida pelo projétil. 

-- A bala entrou de um lado e saiu do outro, mas os médicos do Socorrão I decidiram não fazer nenhum procedimento cirúrgico. Como estou sentindo dores e um forte latejamento, acredito que seja necessário fazer algum tipo de drenagem. Uma médica já esteve aqui e pediu para que eu continuasse tomando os medicamentos. Se não resolver, ela vai fazer uma pequena intervenção -- diz a comerciante.

Ela afirma que não tem sido fácil retomar o trabalho porque tem que passar grande parte do tempo em pé, o que pode comprometer a circulação na área atingida pela bala. 

-- Só retornei ao trabalho porque preciso estar à frente de tudo, apesar de ter meu irmão para ajudar. Está sendo difícil -- acrescenta ela.

A comerciante está sendo aconselhada por amigos a mover uma ação contra o Estado, a quem cabe garantir a segurança do cidadão. Ela diz que ainda vai fazer um registro de ocorrência, pois, desde o dia em que foi baleada, tem tido a preocupação somente de se recuperar logo.

Maria lamenta, ainda, a falta de policiamento na área do centro. Segundo ela, a coisa fica mais difícil nos finais de semana, quando a região fica completamente deserta, sem policiamento e com os moradores expostos à ação dos marginais.

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