Rádio Voz do Maranhão

terça-feira, 27 de novembro de 2012

Teresina: Agespisa admite falência e iniciativa privada deve assumir 30% dos serviços de água e esgoto

Presidente da Agespisa disse que a proposta de concessão será analisada dia 14. Empresa privada terá concessão de 35 anos. Agespisa tem um déficit de R$ 1 bilhão e não tem capacidade de cumprir o contrato de concessão

do portal Cidade Verde/Teresina
 
O presidente da Agespisa, Raimundo Neto, concedeu entrevista coletiva na manhã desta terça (27) e admitiu a falência na área de investimentos da empresa. Neto justificou a intenção de entregar 30% do serviço de abastecimento de água e saneamento básico de Teresina a uma empresa privada.
 
Não seria caracterizada a parceria público privada, mas sim a subdelegação do serviço. A empresa contratada através de licitação tomará para si o investimento na implantação de rede, manutenção do sistema e cobrança da tarifa.
 
Raimundo Neto ressaltou que não há privatização e garantiu que a tarifa não sofrerá reajuste por conta da subdelegação. Segundo ele, empresa tem um déficit de R$ 1 bilhão e não tem capacidade de cumprir o contrato de concessão firmado com a prefeitura de Teresina este ano.
 
O gestor afirmou que a intenção do governo é discutir em audiência pública no dia 14/12 os problemas que vêm ocorrendo no sistema da capital.
 
A empresa privada escolhida por licitação, segundo Raimundo Neto, ficará responsável pela implantação, operação e manutenção dos sistemas de água e esgoto nas regiões da Santa Maria da Codipi, Grande Dirceu e outros bairros das zonas Norte e Sudeste.

Raimundo Neto deixou claro que não será feita privatização porque a Agespisa não venderá seus ativos. "É uma subdelegação de serviços porque a empresa não tem condições de cumprir o contrato de concessão firmado com a prefeitura de Teresina este ano. Nós necessitamos de investimento porque nossos irmãos da periferia continuam sem água e esgoto há 160 anos, desde a fundação da cidade", argumentou.
 
O contrato de concessão dos serviços terá validade de 35 anos, voltando, depois desse prazo, ao poder da empresa.
 
Segundo o presidente da Agespisa,  esta subdelegação ainda não é uma decisão. "Haverá uma audiência no próximo dia 14, no auditório da Associação Industrial. Lá, discutiremos se esta é ou não uma boa solução para o problema que enfrentamos. Precisamos de medidas imediatas", reiterou.

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