FÁBIO TAKAHASHI
DE SÃO PAULO
Com riqueza de detalhes, o professor de matemática Claudemir Nogueira mostrou à polícia em 2010 como enforcou a mulher com um fio, dentro de casa, em bairro de classe média na zona sul de São Paulo, um ano antes.
À Justiça, manteve o relato. Também admitiu o crime a peritos do governo estadual.
Apesar das confissões a diferentes braços do poder público, Nogueira, 48, recebe mensalmente pensão do INSS pela morte da mulher, que ele assassinou. Só em 2010, foram R$ 19 mil, segundo documentos obtidos pela Folha.
Nogueira também continua recebendo os vencimentos por ser professor da rede estadual, no valor de R$ 2.509 ao mês. Atualmente, ele trabalha em atividades burocráticas da pasta, após ter sido afastado das salas de aula.
"Você consegue imaginar a nossa revolta?", afirmou Samiha Tauil, tia da vítima, a fisioterapeuta do Sesi Mônica El Khouri, que tinha 37 anos quando foi assassinada.
"Ele matou a Mônica, confessou em várias instâncias e está nessa situação confortável, com pensão e salário do Estado", disse Samiha.
Segundo a Promotoria, Nogueira matou a mulher porque havia sacado todo o dinheiro dela. Já o professor disse à Justiça que ele perdeu o controle após discussão.
Até o momento, Nogueira não ficou nenhum dia preso, pois não possui antecedentes e não oferece mais risco às investigações, avalia a Justiça.
Ele ainda não foi julgado porque a defesa entrou com pedido para tentar tirar o caso do Tribunal do Júri.
Uma das lutas da família da vítima hoje é cancelar a pensão dada a Nogueira e transferi-la para a mãe de Mônica.
Editoria de Arte/Folhapress
Eu fiquei pasma com esse crime. Meu Deus...esse professor é um psicopata e precisa ser preso. Aqui em Brasília saiu uma matéria no correio brasiliense falando que ultimamente muitas mulheres estão sendo assassinadas por seus próprios companheiros...e por motivos torpes...pelo visto não é só no DF. E a justiça do lado do agressor. Triste.
ResponderExcluirCaramba, eu tive aula com ele... to pasmo... :'(
ResponderExcluirO mais triste disso é a ausência de pronunciamento do INSS, órgão extremamente burocrático da Administração onde a omissão e negligência são pilares de sua atuação. Enquanto isso a família precisa passar por dois sofrimentos: 1- a morte da pessoa querida; 2-descobrir que o crime compensa para o assassino.
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