terça-feira, 21 de maio de 2013

ESCÂNDALO: Universitária acusa pai e padrasto de abuso sexual

CONTOU TUDO EM SEU FACEBOOK: Ela resolveu revelar e expor o caso pedindo por justiça. A universitária diz, ainda, que uma irmã de 7 anos corre risco

do site 180 graus/Teresina

Sonhos roubados, a inocência perdida. Deparar-se com situações confusas, que causam terror, estranhamento, insegurança. A busca por um alicerce qualquer ou por um apoio, enquanto o medo paira e a escuridão toma conta dos seus pensamentos, das suas ações.

Facebook de Franciele Silva
Aos poucos, aquele colorido da infância se perde e nada sobra, a persistência por esquecer é em vão, pois na calada da noite, o mesmo filme se repete e de mãos atadas, cai em um abismo difícil de sair. Onde aqueles que deveriam ser um exemplo de amor e carinho, são os monstros que destroem perspectivas e pregam o ódio.

Aprisionados no vazio, anseiam por uma luz que os liberte. É difícil encontrá-la, as ameaças são constantes e a cada violência, a esperança diminui... Nem mesmo chegaram a descobrir o que é ser criança e já são obrigados a lidar com sofrimentos brutais, avessos à moralidade e Justiça.

CASO FRANCIELE

Com esse sentimento, a jovem Franciele Silva teve que lidar durante boa parte da sua vida com um fantasma. Abusada, segundo ela, sexualmente pelo pai e pelo padrasto, ela resolveu expor o seu tormento através de sua página no Facebook. De maneira corajosa, ela revela que sofreu com a pedofilia, foi atacada por homens que teoricamente teriam que protegê-la do 'mal', mas acabou passando por uma situação dramática. Para ela, até o caminho das ruas era mais convidativo do que viver em sua casa. Lá, envolta por um “calabouço” imaginário, não conseguia se mexer, queria contar tudo, revelar ao mundo o seu drama.

Agora aos 22 anos, trava uma batalha incessante para que paguem pelo crime e busca impedir que outros enfrentem o mesmo pesadelo. Sua súplica é propagada pelo Facebook. Ela mora na cidade de Parnaíba, É estudante do curso de Odontologia. Ela resolveu comprar essa briga e disse que a partir de agora vai até o fim. Em seu Facebook ela escreve: “A luta está só no início”. O 180graus entrou em contato com a jovem através da rede social, mas não houve retorno. Mesmo assim, após conferir por pedidos de amigos dela, a reportagem do Maior Portal do Piauí traz a tona.

Esta é Franciele Silva e este homem ela postou no seu Facebook, mas sem informar quem seria

COMO TUDO COMEÇOU

Aos 3 anos os pais de Franciele se separam, até os 7 tudo ocorre normalmente, ela vive momentos típicos da infância, com brincadeiras e muita diversão. Longe de uma figura paterna, tem na mãe o principal referencial. Só que sua mãe resolve casar, parece que finalmente a menina teria alguém para chamar de ‘pai’. Ledo engano...
Ingênua, nem desconfia dos perigos que corre, mas ao ficar sozinha com o padrasto, aquele que parecia ser um bom homem, torna sua vida um inferno, com pressões psicológicas e ameaças constantes. É abusada, mas teme delatar os estupros. Vive em pânico.

Lidando com esta perversa situação até os 14 anos, recebe uma ligação, que a deixa animada. Finalmente estaria livre de tudo! Após 11 anos sem dar notícias seu pai aparece e acende a esperança de dias melhores.

Esta foi a primeira postagem de Franciele revelando todo o caso. É onde ela diz que foi abusada pelo pai e pelo padrasto (Reprodução: Facebook)

MAIS UMA DECEPÇÃO

Feliz com o novo lar, Franciele busca começar do zero em Piracuruca, estudiosa, se concentra em ser a melhor aluna, quer dar orgulho para o pai, com quem teve pouco contato e quase não tinha lembranças.

Entretanto, mais um episódio grotesco acontece, no fim de 2004, é abusada pelo pai e isso se torna constante, novamente ela está presa, ameaçada, acuada. Humilhada, tenta reunir forças, mas o abatimento é iminente. Por 5 anos, alimenta o rancor e a raiva de ser submetida a uma violência tão ultrajante e não poder se defender. Só aos 19 anos, presta vestibular e consegue uma vaga na Universidade, muda para Parnaíba e dá o start para um novo desafio. Inicia acompanhamento psicológico e se prepara para ir à polícia denunciar, e é o que ela faz. Assim, espera por uma solução, para que os pedófilos sejam presos e paguem pelo mal que lhe fizeram. Agora, será mesmo que a Justiça tarda, mas não falha?

Agora ela denuncia que está buscando por Justiça já há um bom tempo e não é atendida; e ainda diz que uma irmã de 7 anos corre risco

Em uma postagem mais recente ela fala sobre o crime de pedofilia: 'Só é sentida na alma de quem sofre com tal crime', escreveu ela

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