domingo, 29 de setembro de 2013

Flávio Dino destaca importância da Feira do Livro de São Luís

Feira do Livro – Educação e Cultura

Por Flávio Dino

Caminhar em São Luís pelas ruas da Praia Grande é uma experiencia única, que sempre faz bem à alma maranhense. Não por acaso, é possível encontrar caminhando pelas praças, ruas e becos do coração do nosso Centro Histórico o poeta Nauro Machado, a quem, em feliz iniciativa da prefeitura, a Feira do Livro de São Luís homenageia como patrono de sua 7ª edição.

A mais recente das minhas caminhadas pela Praia Grande foi logo após da abertura da FeliS – nome pelo qual foi carinhosamente batizada a Feira de nossa capital, – onde encontrei e conversei com o poeta Nauro Machado, em mais um feliz reencontro, assim também com Zelinda Lima e Salgado Maranhão, grandes nomes de nossa literatura que nos guiam em grandes viagens que fazemos dentro de nós mesmos, em busca do fazer-refazer de nossas subjetividades.

Na abertura da Feira, que conta com o apoio do Governo Federal, falei sobre as viagens proporcionadas pela leitura, em direção a vários mundos. Essas viagens estão garantidas na FeliS, pelas obras de grande qualidade que estão disponíveis, e também pela vinda de escritores estrangeiros para participar da Feira e conversar com os leitores maranhenses. Esses encontros dos maranhenses com escritores estrangeiros e brasileiros de outros estados tem o apoio da Embratur, por entendermos que o cultura é uma importante vertente para o crescimento da economia do turismo no Brasil.

Os ganhos de São Luís com a revitalização da Feira do Livro, capitaneada pela Fundação Municipal de Cultura, muito bem dirigida pelo professor Francisco Gonçalves, apontam para uma nova política de valorização da Educação, da Cultura e do Lazer. Com efeito, teremos não somente a reunião de livrarias, mas também a apresentação de grupos culturais e acoes de incentivo à leitura, voltadas especialmente a crianças e jovens das escolas públicas da capital, promovendo inclusão social.

Além de levar alunos das escolas municipais para um ambiente multimídia da literatura, a Secretaria Municipal de Educação de São Luís buscou também ampliar a oportunidade para que as crianças adquiram livros durante as visitas guiadas à Feira, por intermédio de um vale-livro que será usado pelos alunos da rede municipal, conforme o professor e secretário de Educação, Allan Kardec, nos informou durante a cerimônia de abertura.

Iniciativas como esta são fundamentais para a consolidação de uma verdadeira política igualitária no acesso aos bens culturais. A proposito, lembrei que, como deputado federal, fui relator na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara do projeto que deu origem à Lei do Vale Cultura, o qual precisa ser urgentemente estendido a todos os trabalhadores que recebem até 5 salários mínimos, disponibilizando uma quantia de R$ 50,00 mensais para investimento em formação cultural.

Trabalhar pela Educação e pela Cultura é dever de todo governante comprometido com o desenvolvimento de seu estado e de sua gente. Investimentos na expansão da rede de bibliotecas públicas e dos espaços de cultura, em todas as cidades do Maranhão, devem fazer parte de uma política empenhada na formação integral do cidadão. São Luís, sob a liderança do prefeito Edivaldo, está de parabéns pelo exemplo que dá na realização da Feira do Livro, com a união de todas as esferas de poder e da sociedade. Espero que os leitores possam visitar e aproveitar a FeliS, e que um dia iniciativas assim cheguem a todas as regiões do nosso imenso e belo Estado.

Um comentário:

  1. Só tem um detalhe: as feiras de livro em São Luis, organizadas pela Prefeitura se ressente da presença de uma categoria que deveria estar na frente do projeto. São os Bibliotecários. Justamente quem trata os livros, organiza por assunto etc. A categoria é totalmente excluída do processo. Nem o CRB Conselho Regional de Biblioteconomia, nem a Associação dos bibliotecarios, são mencionados na programação, para figurarem como colaboradores, apoiadores, etc. Existem projetos para as Bibliotecas Escolares equipar as escolas da Rede Municipal de Ensino. Porém, não existe nenhum projeto para esses profissionais atuarem na gestão dessas bibliotecas. Por ai se percebe o grande valor que se dá ao livro em nosso País.

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