sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

Benefício da ‘delação premiada’ pode fazer ex-gerente do Bradesco contar tudo sobre o “escândalo dos empréstimos” e complicar situação de vereadores de São Luís

Presidente da Câmara, Isaías Pereirinha
usa o silêncio como resposta
As investigações em torno do “escândalo dos empréstimos” envolvendo vereadores, funcionários da Câmara Municipal de São Luís e o Bradesco podem avançar muito, ao longo da próxima semana. Nesta sexta-feira, uma fonte do blog informou que a ex-gerente do Bradesco, Raimunda Célia Abreu, iria buscar o benefício da delação premiada para revelar como funcionava todo o esquema de empréstimos, nos moldes da prática de agiotam, envolvendo mais de dez vereadores de São Luís e vários funcionários, a maioria serviços prestados.

Raimunda Célia estaria disposta a conta tudo porque teria tomado conhecimento que os envolvidos estariam fazendo articulações para colocar toda a culpa nela. “Os vereadores envolvidos já procuraram diversas pessoas influentes politicamente para tentar abafar o caso e, em uma última apelação, armar uma estratégia para colocar toda a culpa na ex-gerente, como se eles tivessem sido vítima de um golpe. Só que a ex-gerente, se conseguir a delação premiada, vai contar tudo e derrubar todos os envolvidos”, diz a fonte do blog.
Vereador Marquinhos exige investigação

Diversos vereadores estão exigindo que o presidente da Câmara, Isaís Pereirinha, apareça para falar sobre esse escândalo que está provocando abalos na imagem do poder legislativo Municipal.

Nesta sexta, falando ao blog do Zeca Soares, o presidente interino da Câmara, Astro de Ogum, disse que já esteve reunido com a Procuradores do legislativo e com o presidente licenciado para discutir o assunto. “Já fui ao banco e conversei com o gerente, mas não existe nada não sobre essa história de agiotagem e toda essa história que vem sendo contada nos blogs. Posso garantir a você que a Câmara não está omissa em relação ao assunto, apenas não dei a resposta ainda porque não encontrei nada. Sinceramente ainda não encontrei indícios de que isto pode ter acontecido na Câmara. Se houvesse uma coisa dessas seria impossível não saber. Esse noticiário tem dois cunhos, mas eu prefiro não falar agora porque essa é mais uma tentativa de desgastar a imagem do Legislativo de fora tão cruel como fizeram quando invadiram a nossa sede”, disse Ogum.

O vereador Marquinhos (PRB), autor do requerimento pedindo a quebra do contrato existente entre a Cãmara e o Bradesco disse que cobrará um posicionamento oficial da Mesa Diretora na próxima semana.

“Essa é uma situação muito complicada, talvez por este motivo a grande maioria dos vereadores estejam evitando falar sobre o assunto. Seria muito importante que os vereadores que nada tem a ver com essa história viessem a público e se posicionassem. Já encaminhei requerimento à Mesa Diretora pedindo a quebra do contrato entre a Câmara e o Bradesco, além disso tem a investigação do Ministério Público e da Polícia Civil e espero que cheguem logo a uma conclusão. Na próxima semana eu vou fazer um pronunciamento e pedir uma posição da Mesa Diretora e cobrar também o posicionamento do Bradesco.

Marquinhos disse, ainda, que mais grave que um possível “esquema de agiotagem” é o envolvimento de funcionários do Legislativo no esquema de empréstimo bancário.

“Essa questão é mais grave que a história de agiotagem. Vários funcionários do alto escalão da Casa fizeram empréstimos que não eram descontados dos seus salários, mas da própria Câmara. Era a Câmara que pagava os empréstimos feitos por funcionários a vereadores. Daí se explica a situação caótica do nosso prédio que está totalmente sucateado. Dessa forma jamais seria possível fazer qualquer tipo de reforma para melhorar a estrutura física e a condição de trabalho para os vereadores. Para piorar a situação, agora soube que o Bradesco vai devolver à Câmara Municipal a importância de R$ 900 mil que teriam sido utilizados indevidamente. Eu pergunto como isto teria ocorrido também?”, afirmou.

Já o líder do governo, vereador Honorato Fernandes (PT) defendeu a necessidade de esclarecimento por parte da Mesa Diretora da Câmara e do Bradesco.

“Acho conveniente que tanto a Mesa Diretora da Câmara como o banco Bradesco venham a público prestar esclarecimentos aos vereadores e à sociedade maranhense em geral. É necessário que digam se existe ou não esquema de agiotagem e quem participa dele. Além disso, sou a favor de uma ampla investigação e não vejo nenhuma necessidade de se tentar abafar o caso porque isto pode atingir este ou aquele parlamentar. Se existe alguma coisa e alguém envolvido que seja esclarecido porque não é correto colocar todos os vereadores nessa história”.

Informações de outra fonte do blog dão conta que grandes jornais de circulação nacional estariam interessados em acompanhar esse escândalo envolvendo a Câmara Municipal de São Luís e o Bradesco, e já estariam enviando jornalistas a São Luís para produzir reportagens sobre o assunto.

Resta-nos continuar acompanhando o desenrolar das investigações e, principalmente, as revelações que devem ser feitas pela ex-gerente Raimunda Célia Abreu. Enquanto isso, os envolvidos procuram formas de minimizar a repercussão do caso, além de culparem a imprensa de perseguição à Câmara Municipal de São Luís. Ao blog do Gilberto Lima só interessa mostrar a verdade dos fatos, doa em quem doer.


Gilberto Lima, com informações do blog do Zeca Soares

Um comentário:

  1. As irregularidades na CMSL continuam. Dos poucos nomeados aos cargos comissionados nesta gestão é o de Secretário Administrativo, o Itamilson Pereira Corrêa Lima, que acumula funções de Diretor Geral, Diretor Financeiro, e o certo dizer é: envia oficio pra ser protocolado solicitando pagamentos absurdos, de coisas mais absurdas, e mais absurda ainda é a solicitação de pagamento ser para ele mesmo e tudo isso com apoio de uma pessoa que chegou dizendo ser Chefe do Protocolo, mesmo não estando nomeada, mudando todo o critério do trabalho do setor. As autoridades podem tirar a limpo o que está dito com pequena investigação.

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