Rádio Voz do Maranhão

sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Sem conseguir inaugurar os 72 hospitais prometidos, governo do Maranhão vai pagar por cirurgias eletivas em hospitais particulares

Definitivamente, a saúde do governo Roseana continua na UTI. Depois de milhões gastos na construção de hospitais no interior do Estado, eis que o governo vai buscar socorro em hospitais da rede privada. O Secretário de Saúde, Ricardo Murad, afirmou que o governo vai pagar por cirurgias eletivas para pacientes que estão em fila de espera. A alegação é que os Socorrões, mantidos pela Prefeitura de São Luís, estão superlotados. Isso tem causado, segundo ele, um estrangulamento dos hospitais estaduais.

É bom lembrarmos que 70% dos pacientes dos Socorrões da capital são do interior do Estado. Se os maranhenses que precisam de cirurgias não podem contar com os hospitais que já foram inaugurados, para que gastar tanto no programa “Saúde é Vida”? Dos 72 hospitais prometidos pela governadora em 2010, apenas 29 foram inaugurados. Alguns funcionam precariamente.

Muitos prefeitos alegam que não têm condições de manter essas unidades de saúde sem o apoio do Estado ou do governo federal. O secretário de saúde tem dito que o governo repassa anualmente pouco mais de R$ 700 mil/ano para pagamento de profissionais de saúde dessas unidades no interior. No entanto, prefeitos dizem que esse valor é insuficiente para o custeio de uma unidade hospitalar com 20 leitos.
 
Não se pode, portanto, culpar a prefeitura de São Luís pelas longas filas de espera por cirurgias eletivas e pelo congestionamento de hospitais do estado na capital. Os Socorrões, prioritariamente, são hospitais de urgência e emergência e se estão superlotados é porque as ‘procissões de ambulâncias’ do interior para a capital nunca cessaram.

O problema é do próprio governo que parece ter perdido os rumos do programa “Saúde é Vida”. Um programa que merece ser investigado a fundo pelo Ministério Público, pois há evidências de desvios. Um deles está evidente: depois de receber mais de R$ 20 milhões do governo, a construtora JNS Canaã fechou as portas e abandonou obras de vários hospitais. A construtora foi contratada, sem licitação, para a construção de 11 hospitais no valor de R$ 19.808.000,00. O governo teve que fazer nova licitação para continuar as obras, aumentando os custos do projeto.

O programa “Saúde é vida” pode até não trazer grandes soluções para a saúde dos maranhenses, mas, com certeza, está melhorando a saúde financeira de muita gente.

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